Trump anda no telhado e quer construir novo salão de bailes na Casa Branca
Presidente americano surpreendeu jornalistas e disse que estava “dando uma volta” em cima da sala de imprensa;
Jornalistas que cobrem a Casa Branca foram surpreendidos na manhã desta terça-feira (5) quando Donald Trump apareceu no telhado da sala de imprensa. O espaço é conectado por uma porta à State Dining Room, salão onde os jatares de Estado acontecem, de onde saiu o presidente.
Do alto, Trump respondeu a perguntas que os repórteres fizeram (aos berros) e disse estar apenas “dando uma volta”.
Trump pareceu observar a recém-completa reforma do Rose Garden, o famoso jardim das rosas da Casa Branca.
O espaço agora aparece sem rosas, sem grama, e com um novo piso - lembrando mais um pátio do que um jardim. Em março, durante entrevista à Fox News, o presidente americano disse que o gramado dificultava o deslocamento de mulheres com salto que iam a eventos no jardim, então iria mudar o piso.
Na semana passada, Trump anunciou planos para construir um novo salão de baile que deve custar 200 milhões de dólares - pagos pelo próprio presidente e por doações. As obras devem começar já no mês que vem, para que o salão fique pronto antes do fim do mandato de Trump.
Presidentes americanos têm bastante autonomia sobre a decoração e a organização da Casa Branca, em geral.
Mas mudanças estruturais como a que Trump propõe agora foram bem menos comuns ao longo da história - embora também tenham acontecido.
A Truman Balcony, a varanda no segundo andar que se tornou um dos principais elementos da fachada da Casa Branca, por exemplo, não existia até 1948.
Uma organização composta por autoridades federais e integrantes nomeados pelo presidente americano, chamada de Comitê para a Preservação da Casa Branca, auxilia o presidente nas mudanças com o objetivo de manter o estilo original da construção, mesmo com as mudanças estruturais.
Propostas como a construção de um novo salão de bailes costumam enfrentar certa resistência por parte de historiadores e funcionários mais dedicados à manutenção da Casa Branca, em si, do que preocupados com as vontades de quem quer que esteja ocupando provisoriamente.
Ainda assim, é fato que cada presidente muda e deixa um legado para a Casa Branca - e o de Trump, um presidente que fez seu nome trabalhando com propriedades imobiliárias pelo país, pode ser ainda maior do que o de muitos de seus antecessores.