Pedro Duran
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Pedro Duran

O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

Fertilizantes devem ser primeira "prova de fogo" de Magda na Petrobras

Aposta é defendida por ministros, mas enfrenta resistências na diretoria e no conselho da Petrobras

Magda Chambriard, presidente da Petrobras   • Rafael Pereira/ Agência Petrobras
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A decisão de voltar a investir ou não em fertilizantes deve ser a primeira prova de fogo da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Fontes da alta cúpula da estatal, ouvidas pela CNN, apontam uma divisão interna sobre o tema.

A decisão de interromper os investimentos na produção de fertilizantes foi tomada ainda sob Michel Temer (MDB).

A avaliação era de que o mercado não traria qualquer rentabilidade ao país e à petrolífera.

Os ventos começaram a mudar quando a guerra entre Rússia e Ucrânia eclodiu, ameaçando o mercado internacional.

Ao longo dos últimos meses, a investida foi adiante.

A iniciativa também enfrentava resistências por parte das pessoas mais próximas do então presidente, Jean Paul Prates (PT).

Sob Prates, a diretoria da Petrobras até chegou a aprovar na segunda quinzena de abril – menos de um mês antes da demissão dele – medidas iniciais para reativar a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S/A – ANSA, no Paraná, que estava "hibernada" desde 2020.

 

No fim abril, Prates também visitou de uma inspeção na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS) ao lado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

As iniciativas foram vistas como retrocesso por diretores e conselheiros que enxergam os investimentos na produção de itens como amônio e ureia como "retrocesso".

Caberá à Magda Chambriard, a nova presidente da companhia, decidir se vai em frente ou recua no plano.

A CNN procurou a executiva para entender a posição dela sobre o tema, mas ainda não teve retorno.

Na avaliação de integrantes do alto comando da estatal, essa será a primeira "prova de fogo" para entender se Magda estará disposta a seguir os interesses do primeiro escalão de Lula.