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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: à CNN, Nunes evita Bolsonaro no centro do palco, mas garante ex-presidente na TV e reforça lealdade

    Questionado sobre declarações de Bolsonaro simpáticas a Marçal, Nunes respondeu: “É melhor ele aceitar que dói menos: ele não vai ter apoio deles”

    No momento em que Pablo Marçal (PRTB) avança sobre o eleitorado bolsonarista na capital, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), reforçou a lealdade ao ex-presidente e garantiu a presença dele no horário eleitoral na TV.

    Evitou, no entanto, colocar Jair Bolsonaro (PL) como protagonista da campanha dele durante a série de entrevistas realizada pela CNN com os candidatos em São Paulo.

    A última pesquisa Datafolha mostrou que as intenções de voto em Pablo Marçal (PRTB) subiram entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O influenciador conquistou 29% das preferências entre os que escolheram o ex-presidente em 2022, ante 22% no levantamento anterior, de julho. Ele também chega a 25% das intenções de voto entre os que elegeram o governador, ante 19% registrados no mês passado.

    Questionado se Bolsonaro terá o papel de protagonista na sua campanha, Nunes disse: “Presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio, os presidentes de partidos: todos terão protagonismo”.

    Em seguida, exaltou o discurso do ex-presidente em sua convenção.

    “Se ele puder gravar, com certeza (estará no horário eleitoral). (Ele) Deve gravar”, disse Nunes.

    A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) tem explorado a aliança de Nunes com Bolsonaro para tentar colar a rejeição ao ex-presidente no prefeito.

    Quando confrontado com declarações de Bolsonaro simpáticas a Pablo Marçal, Nunes lembrou de outras falas recentes do ex-presidente com críticas ao influenciador e finalizou com uma frase de efeito.

    “É melhor ele aceitar que dói menos: ele não vai ter apoio deles”, disse Nunes.

    Nunes voltou a falar em combater a “extrema esquerda”, mas evitou a polarização usando como antídoto o cardápio de obras da prefeitura.

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