Pedro Venceslau
Blog
Pedro Venceslau

Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

Análise: Busca de voto evangélico e troca de ataques marcam debate em SP

Nunes e Marçal citam versículos e salmos; Boulos tenta nacionalizar encontro e Tabata crítica “marmanjos”

Candidatos se enfrentaram no 10º debate eleitoral nesta segunda-feira (30)  • Canal UOL/Folha de SP
Compartilhar matéria

O debate realizado pela Folha de S.Paulo e o portal UOL nesta segunda-feira, 30, foi marcado pela busca ao eleitorado evangélico por Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).

Ambos intensificaram a disputa por esse eleitorado na reta final da eleição.

Após a última pesquisa Datafolha registrar uma queda de 4 pontos para Marçal nesse eleitorado, o influenciador usou parte de seu tempo para provocar o adversário e disse que o prefeito “não consegue citar nem dois versículos”.

Em sua resposta, Nunes citou um salmo da bíblia e rebateu:

“Diz o salmo 133: quão bom e quão suave é quando os irmãos vivem em união. Você só veio tumultuar, Pablo Henrique”, disse o prefeito.

Em seguida, foi além: “Fica feio ir lá na Assembleia de Deus falar com o grande líder e dizer que ele te apoia, mas ele não te apoia”, disse o emedebista.

Marçal em outro momento citou trechos da bíblia e disse que o verdadeiro cristão “vai para o confronto”.

Tabata também entrou no debate religioso.

“Única coisa que cristão não faria é usar relação com Deus para ganhar votos”

Na mais recente pesquisa Datafolha, Nunes lidera entre os evangélicos com 32% das intenções de voto ( 3 pontos a mais que no levantamento anterior), Marçal 26% (4 pontos a menos) e Guilherme Boulos 15% (1 ponto a mais).

O debate não registrou brigas e xingamentos, mas teve embates duros entre os adversários.

Marçal questionou Boulos se ele nunca usou cocaína, maconha ou nenhuma droga.

“Nunca usei cocaína. Maconha provei uma vez na adolescência e deu dor de cabeça”, respondeu o candidato do Psol.

Marçal também usou reiteradas vezes o caso de um boletim de ocorrência registrado pela esposa do prefeito, que respondeu citando o PCC para fustigar o adversário.