Análise: Em versão moderada, Marçal é isolado por adversários em debate
Boulos e Datena fazem tabelinha e focam em Nunes; Marina Helena (Novo) veste figurino bolsonarista

O debate do SBT com os candidatos à Prefeitura de São Paulo nesta sexta-feira (20) foi marcado pelo pedido de “perdão” de Pablo Marçal (PRTB) para “todo eleitor paulistano” pelo seu comportamento nos debates anteriores e uma justificativa inusitada.
Segundo o infuenciador, sua “pior versão” foi usada como uma estratégia para “expor o caráter de cada um dos candidatos”.
Essa mudança de tom aconteceu no primeiro debate em que o candidato do PRTB não conseguiu roubar a cena e foi um coadjuvante graças a estratégia dos adversários de isolá-lo.
Marçal foi falar pela primeira vez aos 23 minutos quando Tabata Amaral (PSB) não tinha outra alternativa para perguntar.
O deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) procuraram ignorar Marçal e trocaram farpas entre si, mas em um tom bem mais cordial que nos eventos anteriores.
O candidato do PSOL usou uma declaração de Nunes a blogs bolsonaristas na qual mudou de posição sobre a exigência do passaporte de vacinas para locais públicos na pandemia para fustigar o adversário, que já tinha uma resposta pronta.
O emedebista defendeu o imunizante, mas não a obrigatoriedade de seu uso para entrar em restaurantes, shows e igrejas.
A candidata do Novo, Marina Helena, seguiu na linha de se apresentar como opção antiesquerdista, sempre atacando o presidente Lula e Boulos, que segundo ela “comanda um movimento marginal”.
O debate foi também marcado por dobradinhas. De um lado, Tabata e Datena trocaram perguntas que soaram como bolas levantadas em um jogo de vôlei. Do outro, Marina Helena cumpriu esse papel para Pablo Marçal.