Boulos reforça vínculo com PT e quer Lula na periferia na reta final
Campanha quer ampliar apoio ao candidato do PSOL entre eleitores que se declaram petistas
Nas semanas finais da disputa pela prefeitura de São Paulo, a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) vai deflagrar uma estratégia em várias frentes para identificar o candidato com eleitor petista da periferia e reforçar o elo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A campanha requisitou agendas com Lula para os dias 29 de setembro e 5 de outubro, na véspera do primeiro turno. A CNN apurou que o Palácio do Planalto ainda não bateu martelo, mas a tendência é mesmo priorizar a capital da reta final.
Segundo dados do Datafolha, Boulos conta com o apoio de apenas 45% entre os eleitores que se dizem simpatizantes do PT na capital.
Entre os eleitores de Lula em 2022 em São Paulo, só 43% declaram voto em Boulos.
A expectativa entre petistas era que esses números já fossem diferentes nesta altura.
Na frente da TV, as inserções já estão recorrendo a figuras identificadas com o PT, como Fernando Haddad, Rui Falcão, Luiza Erundina e Marta Suplicy.
A deputada do PSOL e ex-prefeita ainda é vista na periferia como um nome ligado ao PT.
Marta, por sua vez, ganha cada vez mais destaque também nas redes sociais e cumpre também o papel de emprestar seu “legado” para Boulos: CEUs, Bilhete Único e Orçamento Participativo se tornaram mantras da campanha do PSOL.
O comando da campanha de Boulos também recorreu ao PT para reforçar a chamada “operação de chão” na periferia. Ou seja: os eventos presenciais, articulações com lideranças, distribuição de material e agendas.
Com apoio da família Tato, por exemplo, Boulos fez agendas na Zona Sul, que também é reduto de Ricardo Nunes (MDB).