Eleições 2024: Frente com 11 partidos lança pacto contra a extrema direita
Grupo se compromete a apoiar candidaturas comprometidas com os valores democráticos

Em um jantar realizado na noite desta segunda-feira (08), em São Paulo, representantes de 11 partidos que integram o movimento “Direitos Já” lançaram um documento no qual se comprometem a apoiar candidaturas “comprometidas com a preservação de valores democráticos” e contra nomes da extrema direita nas eleições municipais.
Participaram do encontro, que aconteceu no apartamento do advogado Pedro Serrano, representantes do PT, PSDB, PSD, Podemos, PCdoB, Rede, PSOL, Cidadania, PSB, PDT e PV.
"Os partidos têm agora a oportunidade e a responsabilidade de exercer a curadoria da democracia, apresentando à sociedade apenas candidatos que tenham compromisso inequívoco com a democracia e, sempre que for necessário, desde já nas cidades cujas eleições são disputadas em turno único, buscar a união de esforços para conquistar expressivas vitórias para o campo democrático e conter o enraizamento da extrema direita nos municípios", disse à CNN o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador-geral do Direitos Já.
Não participaram do encontro representantes do PL, PP e Republicanos, que são classificados por Guimarães como representantes da extrema direita, e nem do MDB, partido do prefeito Ricardo Nunes, que tem o apoio de Jair Bolsonaro (PL) na disputa na capital.
Apesar de os partidos serem quase todos da base de Lula - exceto PSDB, PSD e Podemos -, o evento foi marcado por críticas ao Palácio do Planalto.
Dirigentes de esquerda, como a presidente do PSOL, Paula Coradi, classificaram como um “erro” o cancelamento de eventos que lembrariam as vítimas da ditadura militar.
O embate entre Elon Musk e o STF também foi tratado no encontro e maioria dos presentes saiu em defesa de Alexandre de Moraes.
"Musk desafiando a justiça brasileira é o fiel retrato da grande luta do século 21: Estados Nacionais X Coorporações Transnacionais. As coorporações trabalham para submeter os Estados, especialmente os periféricos, buscando o domínio por dentro e por fora. Isso acontece na comunicação e em outros setores estratégicos. A extrema direita é estimulada e serve a essa lógica. O Estado Democrático de Direito será cada vez mais constantemente colocado à prova.", disse Fernando Guimarães.



