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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Esquerda faz ato para marcar posição contra a anistia

    Evento foi liderado por Guilherme Boulos, mas não contou com líderes partidários

    Movimentos sociais fizeram, neste domingo (30), um ato esvaziado na capital paulista contra o projeto de anistia aos envolvidos nos eventos de 8/1 em Brasília.

    Os organizadores e políticos presentes não fizeram estimativa de público e minimizaram eventuais comparações com a manifestação pró-anistia no Rio de Janeiro, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve presente.

    Deputados de direita, como o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, ironizaram o ato em São Paulo.

    O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) liderou o ato,

    que começou na Avenida Paulista e se deslocou até a antiga sede do DOI-Codi.

    Não estiveram presentes presidentes nacionais de partidos da esquerda, ministros ou governadores.

    “A direita tem tido mais capacidade de mobilização, mas tem o apoio de segmentos religiosos e patrocínios. Esse é um ato da esquerda consciente que cumpre um papel importante”, disse, à CNN, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

    As palavras de ordem se concentraram em pregar contra a anistia e a

    prisão para Bolsonaro, mas faixas e discursos também defenderam o fim da escala 6×1, que é uma bandeira da esquerda.

    O ato foi organizado pela Frente Brasil Popular e Frete Povo Sem Medo, que reúnem organizações como MTST, MST, UNE e CMP.

    Para Guilherme Boulos, o tamanho do ato não é a principal preocupação.

    “A questão não é o público. Não podemos deixar as ruas para o bolsonarismo”, disse o deputado à CNN.

    “Não podemos cair na armadilha bolsonarista, de comparar a anistia aos golpistas com a anistia de 1979”, completou o parlamentar.

    O mote “sem anistia” dividiu setores da esquerda.

    “Seria melhor usar ‘sem perdão’ para golpistas. Esse mote pode confundir a população e parte da esquerda”, disse, à CNN, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que defendeu presos poéticos na ditadura e atuou no movimento pró-anistia no fim dos anos 1970.

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