Lula reforça apoio a Edinho e tenta pacificar PT, dizem fontes
Alas de oposição ao grupo do presidente lançam nomes, mas podem se unir para repetir vitória “histórica” de 1993
No momento em que alas da “oposição” petista lançam nomes para disputar a presidência da sigla e a corrente majoritária enfrenta um racha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que é preciso “unificar” o partido e reforçou o apoio ao ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva.
Pelo menos três fontes ouvidas pela CNN, que estiveram com Lula recentemente, disseram que o presidente demonstrou preocupação com o racha na corrente Construindo Um Novo Brasil, que tem maioria no diretório nacional.
No aniversário de Marta Suplicy na semana passada, Lula reforçou seu apoio a Edinho Silva e disse que o ex-prefeito é o “melhor nome” para presidir o PT, segundo relatos.
A CNN apurou que Lula chamou o deputado Rui Falcão (PT-SP) para uma conversa sobre o partido.
A expectativa é que o presidente tente convencer Falcão a não se apresentar como candidato.
Dois quadros históricos de correntes diferentes de oposição ao grupo de Lula já se inscreveram na disputa: Romênio Pereira e Valter Pomar.
A leitura entre petistas graduados é que se a CNB lançar duas ou mais candidaturas o partido pode reviver o ano de 1993, quando a “esquerda partidária” venceu pela primeira e única vez a eleição interna.
Naquele ano, Rui Falcão conseguiu unir as alas de oposição e venceu José Dirceu, que tinha o apoio de Lula.
Uma carta aberta ao partido divulgada recentemente por Falcão movimentou os bastidores do partido.
Na CNB, a candidatura de Edinho é contestada pela tesoureira do PT, Gleide Andrade, que defende o nome do deputado José Guimarães (CE).