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    Raquel Landim
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    Raquel Landim

    Com passagens pelos principais jornais do país como repórter especial e colunista, recebeu o prêmio “Jornalista Econômico” de 2022 pela Ordem dos Economistas do Brasil

    Prates admite que orientação de reter dividendos da Petrobras foi de Lula

    Presidente da Petrobras refutou tese de intervenção na estatal

    Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, admitiu em publicação em rede social que partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a orientação de reter a distribuição de dividendos extraordinários da estatal.

    “É legítimo que o CA [conselho de administração] se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros. Foi exatamente o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, escreveu Prates no X.

    “Falar em “intervenção na Petrobrás” é querer criar dissidências, especulação e desinformação”, afirma ele, em outro trecho.

    Conforme noticiou a CNN, Lula arbitrou um conflitou entre Prates e o conselho de administração e deu a ordem para reter os dividendos durante uma reunião no Palácio do Planalto da qual participaram os ministros Rui Costa, Fernando Haddad e Alexandre Silveira.

    Especialistas em mercado de capitais ouvidos pela reportagem afirmam que a publicação de Prates dá margem a dúvidas se a empresa está cumprindo corretamente a lei das estatais.

    O acionista pode orientar seus conselheiros, mas não pode vincular seu voto e deve agir sempre no melhor interesse da companhia. Depois da decisão de reter os dividendos, o valor de mercado da empresa caiu.

    Conforme o artigo 115 da Lei das SA, “o acionista deve exercer o direito a voto no interesse da companhia; considerar-se-á abusivo o voto exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas”.

    Procurada, a Petrobras não se manifestou.