Mundim: Tensão no Oriente Médio pode impactar em decisão de juros do BC
Mercado se divide entre apostas de nova alta da Selic ou manutenção

A comentarista de economia da CNN, Rita Mundim, afirma que a tensão no Oriente Médio pode interferir na decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
Após as trocas de agressões entre Israel e Irã e a sinalização dos Estados Unidos de que podem interferir no conflito, o mercado voltou a alimentar uma aversão ao risco. Segundo Mundim, o Copom pode optar por tomar uma decisão mais dura em reflexo disso.
"O Copom, que já vem adotando uma política mais restricionista e quer reduzir essas expectativas inflacionárias, ao invés de manter essa taxa pode dar um sinal mais forte de subir em 0,25 ponto percentual", indica a comentarista.
"Isso para não deixar dúvidas de que o Banco Central, com a sua independência, está focado em controlar e reduzir a inflação. E petróleo é inflação na veia quando sobe", pontua.
A mediana do mercado apurada pelo boletim Focus do BC indica que o Copom deve manter a Selic, a taxa básica de juros do país, em 14,75% ao ano. Contudo, desde sexta-feira (13) tem crescido a parcela de investidores montando posições ligadas a uma alta dos juros a 15%.