À CNN, AGU diz que Constituição venceu embate sobre emendas
Durante reunião entre poderes, atual modelo de execução de emendas foi comparada à “rachadinha”
O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse à CNN que a Constituição prevaleceu diante do impasse sobre as emendas parlamentares.
Nesta terça-feira (21), representantes dos três poderes fecharam acordo pela manutenção do pagamento de emendas durante reunião no Supremo Tribunal Federal.
À noite, Messias prestigiou o lançamento do livro do presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso.
“A constituição foi a grande vencedora.”, disse Messias antes de deixar o local.
Ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Jorge Messias atuou como interlocutor do governo na mediação com Congresso e STF.
Comparação com rachadinhas
Segundo relatos de fontes que participaram da reunião, o ministro Rui Costa e ministro Flavio Dino, do Supremo Tribunal Federal, se referiram à divisão de emendas de bancada como ‘rachadinhas’.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), rebateu e também reclamou de ministros que favorecem seus redutos eleitorais.
Interlocutores e Lira veem vitória do governo em alguns pontos, mas consideram que o acordo acabou sendo “menos drástico” do que poderia ser sob a ótica do parlamento.
Antes da reunião, deputados negociavam com Lira a possibilidade de abrir mão das “emendas Pix” para manter controle sobre outras modalidades.
Pela sugestão acordada, no entanto, as emendas “Pix” continuarão existindo. Mas com a exigência de se indicar como o recurso será aplicado.
Para as emendas de bancada, congressistas não enxergam muitas mudanças, já que continuam sob crivo dos parlamentares de um mesmo estado com consulta a estados.
As emendas de comissão, que não são de pagamento obrigatório, devem atender ao interesse comum do Congresso e governo em projetos de “interesse nacional ou regional”.
A nota assinada conjuntamente pelos três poderes estava sendo costurada desde a semana passada, mas foi redigida após consenso entre as partes durante a reunião.