Anistia, denúncia da PGR e 2026: a pauta de Bolsonaro no Congresso
Ex-presidente se reúne nesta terça-feira (18) com senadores da oposição para discutir pautas do ano legislativo


À espera de uma eventual denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o inquérito que apura um golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para debater uma série de pautas com senadores da oposição.
Um encontro com parlamentares está marcado para ocorrer nesta terça-feira (18). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deve participar da reunião.
Entre os assuntos que serão discutidos estão o projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro tem feito um movimento semelhante na Câmara dos Deputados, onde a orientação é pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a proposta. O texto está parado na Câmara e aguarda a instalação de uma comissão especial para tramitar.
“O presidente Bolsonaro está convidado para conversar a respeito do ano legislativo e diversas pautas que interessam ao povo brasileiro, incluindo, a anistia.”, disse o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), à CNN.
“É a primeira semana com senadores em Brasília após as eleições. Será um bate-papo de alinhamento”, complementou Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao blog.
Como mostrou a CNN, o ex-presidente tem intensificado o contato com presidentes de partidos políticos para tentar destravar o projeto da anistia.
Bolsonaro já se reuniu, pessoalmente, com os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do União Brasil, Antonio Rueda. Marcos Pereira, do Republicanos, nega que tenha sido procurado.
Outras pautas
Sob reserva, outros senadores consultados pela CNN relatam que Bolsonaro deve conversar com o senador Marcos Pontes (PL-SP), a fim de “pacificar” a relação do ex-astronauta com outros parlamentares da oposição. Pontes lançou candidatura à Presidência do Senado à revelia dos demais senadores, o que provocou mal estar entre os parlamentares.
A reunião desta terça também deve servir para discutir a situação política do ex-presidente, que pretende se lançar como candidato à Presidência em 2026. Ele, porém, está inelegível em um processo que especialistas veem poucas chances de ser revertido.