Diretor-geral da PF aciona STF contra Mauro Cid
"Representamos para que ele esclareça, já que somos levianamente acusados" diz Andrei Rodrigues à CNN


A Polícia Federal (PF) entrou com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
No ofício, a PF sugere que Cid seja ouvido em juízo com objetivo de apurar o que motivou os ataques à PF, ao Supremo e à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O gabinete do ministro Alexandre de Moraes marcou este esclarecimento para a tarde desta sexta-feira (22).
Em áudios revelados pela revista “Veja”, o militar afirma ter sido pressionado a relatar fatos que não aconteceram
“Vimos com gravidade as falas publicadas na reportagem. Representamos ao STF para que ele esclareça, já que somos levianamente acusados”, disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, à CNN.
Para a PF, ainda não há clareza sobre a razão do vazamento dos áudios. A suspeita é de que eles tenham sido vazados com intuito de atrapalhar a investigação.
A questão é que, segundo investigadores, os ataques vão contra a própria integridade de Cid na condição de colaborador.
A avaliação é de que, mesmo que o acordo de colaboração premiada seja desfeito, as informações obtidas até aqui seguem valendo para o inquérito. Ou seja, não há um cenário de qualquer vantagem para o militar.
Além disso, Cid pode voltar à prisão caso se conclua que houve crime contra honra durante o processo ou sugira obstrução de justiça e coação no curso do processo.
Em nota, a defesa do militar afirma que os áudios não “comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial”.