Diretor-geral da PF diz manter análise constante sobre risco de atentados no Brasil
À CNN, Andrei Rodrigues relacionou ataque contra o ex-presidente Trump a uma combinação de “profusão de armas” e “extremismo político”
Após o ex-presidente Donald Trump ser alvo de um atentado, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, criticou nesta segunda-feira (15) o que chamou de “profusão de armas” nos Estados Unidos. À CNN, Rodrigues também afirmou manter uma rotina de análise de risco de atentados no Brasil.
“A Polícia Federal permanentemente faz análises de riscos, e dimensiona seu efetivo e ações de inteligência proporcionais ao resultado dessa análise. O atentado nos EUA indica que a profusão de armas e o extremismo político são negativos à democracia e à sociedade pacífica”, disse.
Andrei Rodrigues entende que o caso Trump acende um alerta para o mundo. Mas não vê necessidade – pelo menos por ora – de mudanças nos procedimentos previstos para o período eleitoral brasileiro, inclusive no que diz respeito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No próximo sábado, Lula deve participar da convenção que vai oficializar a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo.
Padrão 2022
A segurança dos candidatos no Brasil foi um ponto de atenção na campanha de 2022, após o episódio da facada contra Bolsonaro, na disputa de 2018.
A coordenação da campanha de Lula era responsabilidade do atual chefe da PF, o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, com Rivaldo Venâncio e Alexsander Castro Oliveira, que hoje acompanha o presidente em viagens e eventos.
Na época, Lula foi enquadrado como candidato sob alto risco de violência política. Por conta disso, atiradores de elite se posicionavam em todos os eventos. O então candidato também era aconselhado a usar colete à prova de balas.