Tainá Falcão
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Tainá Falcão

Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

Lira ouviu líderes ao defender rito regimental sobre prisão de Brazão

Pano de fundo seria o receio de parlamentares em abrir precedente para outras prisões

Presidente da Camara Arthur Lira  • Reprodução/CNN
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A reunião de líderes que discutiu a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão foi marcada por pedidos para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), respeitasse o rito regimental para analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao decidir sobre as prisões, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que houve obstrução de justiça em organização criminosa.

A CNN apurou que durante o encontro dos parlamentares, no entanto, houve quem colocasse em dúvida a existência de flagrante delito de crime inafiançável.

A prisão dos suspeitos de mandar Marielle Franco fez os deputados se apressarem em antever um julgamento acelerado. Cogitou-se, inclusive, atropelar a Comissão de Constituição e Justiça e levar o caso de Chiquinho Brazão direto para votação em plenário.

Mas nem de perto foi o que aconteceu. O pedido não só foi primeiro para a CCJ, como teve pedido de vista, o que empurrou a votação para abril.

A cautela tem como pano de fundo o receio de parlamentares em abrir precedente para outras prisões que considerem questionável do ponto de vista jurídico.

Pela gravidade do crime, sob pressão da opinião pública e diante de receios e dúvidas, no entanto, a maioria dos parlamentares deve chancelar a prisão.

Nem mesmo o PL, maior partido da oposição, quer entrar nessa briga.