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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Análise: Bancos centrais também não sabem o que será da economia

    Decisão das autoridades monetárias de Brasil e EUA evidenciam ambiente de incerteza que demanda cautela e flexibilidade

    Incerteza demanda paciência, cautela e flexibilidade.

    Essa foi a receita adotada pelos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos nesta superquarta, quando coincidiram as reuniões do comitê de política monetária deles e do nosso.

    Outra coisa em comum entre os banqueiros centrais é que eles admitem que não sabem o que vai acontecer com a economia – nem de lá, nem de cá – como consequência da política tarifária de Donald Trump.

    E, no caso brasileiro, a dúvida aumenta com a política fiscal mantendo a atividade econômica aquecida mesmo com juro nas alturas.

    Aqui, o Copom avisa que para controlar a inflação — ainda bem longe da meta de 3% — vai impor ao país uma taxa de juro bem alta e por muito tempo.

    Confirmando que sobrou pra ele — o BC – a tarefa de proteger a economia dos ímpetos gastadores do governo. A taxa Selic em 14,75%, decidida hoje, é a mais alta em quase 20 anos.

    Esse retorno a um patamar tão distante no tempo é revelador da incapacidade que o Brasil tem de superar seus problemas fundamentais, como o desequilíbrio das contas públicas.

    Lá nos Estados Unidos, o todo poderoso chefe do BC, Jerome Powell, avisou – primeiro – que não tem medo das bravatas de Donald Trump. E segundo – que não vai ajudá-lo a sair da armadilha que ele mesmo, Trump, criou com suas tarifas amalucadas e arriscadas.

    Os sinais que os Bancos centrais emitiram não são alentadores.

    Normalmente, os agentes econômicos olham para esses indicadores como balizas do que está por vir. Se nem eles sabem ao certo o que esperar, imagine o resto de nós.

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