Thais Herédia
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Thais Herédia

Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

William Waack

Análise: Governo segue sem saber lidar com preço dos alimentos

Depois de dizer que haveria intervenção nos preços, o ministro da Casa Civil pediu aos brasileiros que troquem a laranja, que está cara, por brioches, ou melhor, por outras frutas

Pessoas em fila em supermercado no Rio de Janeiro
Supermercado no Rio de Janeiro  • Sergio Moraes/Reuters
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Na busca por uma solução magnânima para os preços dos alimentos, a montanha do governo acabou parindo... um cheiro verde.

A irrelevância das propostas aventadas até agora pelos ministros de Lula não foi capaz de reduzir a preocupação com a criatividade que ainda pode surgir para tratar da alta da inflação.

Que, aliás, afeta os preços da comida, mas também dos serviços e dos produtos industriais.

A alta dos preços tem como causas principais a disparada do dólar desde o ano passado e a forte demanda pelo consumo — ambos estimulados pelos gastos públicos, ou pelo excesso deles.

Como não vai arredar o pé na política fiscal, o governo caminha estabanado para lidar com um problema que é real, mas que só virou uma nova crise por erros na sua comunicação.

Depois de dizer que haveria intervenção nos preços, o ministro da Casa Civil pediu aos brasileiros que troquem a laranja, que está cara, por brioches, ou melhor, por outras frutas.

É parte do cotidiano das pessoas fazer escolhas no mercado. O que não é comum, e nem bom para a popularidade do governante, é ter a sua marca na etiqueta dos preços.

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