Análise: os desafios para reconstruir o Rio Grande do Sul
Além de recuperar o que foi destruído, também será necessário prevenir e readaptar; para reconstruir o que foi devastado, escolhas difíceis terão que ser feitas

As inundações no Rio Grande do Sul causaram o que possivelmente é a maior destruição de capital e infraestrutura urbana já provocada por eventos climáticos no Brasil.
Sob as águas em centenas de municípios do estado encontram-se milhares de casas, além de escolas, indústrias, comércios, hospitais, estradas, pontes, aeroportos, estruturas de energia, comunicação, transporte e saneamento básico.
Além de recuperar o que foi destruído, também será necessário prevenir e readaptar. Para reconstruir o que foi devastado, escolhas difíceis terão que ser feitas.
Um negócio que já não ia bem será recuperado? Uma ponte mal projetada mudará de posição? Ainda mais complexo: as cidades que estão sob risco de viverem a mesma tragédia novamente serão reconstruídas no mesmo lugar?
Quem será o juiz dessas escolhas? Com qual prioridade? Quanto vai custar?
Agora, é o momento da urgência no acolhimento e resgate de vidas. A crise ainda está acontecendo. Mas a preparação para a próxima etapa uma hora precisa começar.
A reconstrução do Rio Grande do Sul passou a ser um desafio para o país, não apenas para os gaúchos. Ela será inédita, a partir de nenhuma experiência semelhante enfrentada por nós.