Projetos e leilões do PPI elevam projeção de investimentos a R$ 1,21 trilhão
Montante considera período entre 2019 e 2022

O Ministério da Economia apontou que a carteira do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) com 131 projetos e leilões de 2019 a 2021 já garantiu investimentos na casa dos R$ 822,3 bilhões para o Brasil nos próximos anos, além do recolhimento de outorgas e bônus de R$ 138,3 bilhões.
Para 2022 também está prevista a operação de mais 153 ativos, o que garantirá mais R$ 389,3 bilhões a serem aplicados em novos projetos. Ou seja, entre 2019 e 2022, a projeção de investimentos é de R$ 1,21 trilhão.
O balanço do PPI - apresentado em 16 de dezembro, durante uma coletiva de imprensa após a realização da 19ª reunião do CPPI (Conselho do PPI) - revelou que o perfil dos 60 leilões já realizados em 2021 geraram expectativa de investimentos de R$ 334 bilhões e recolhimento de R$ 51 bilhões em outorgas e bônus.
Durante este ano, alguns dos destaques foram: 22 aeroportos, Ferrovia de Integração Oeste Leste, Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), dois blocos de excedentes da cessão onerosa (petróleo e gás) e telefonia móvel 5G.
Taxa de investimentos e futuro
O balanço revelou também que a taxa de investimento - considerando o critério de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) - chegou a 19,4% do PIB (Produto Interno Bruto) ao final do terceiro trimestre desse ano.
“Em curva de plena recuperação depois de quedas registradas a partir de 2013”, destacou o Ministério.
Em nota, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que “Apesar de 2022 mostrar-se desafiador para a economia, principalmente pela necessidade de ações de combate à inflação, o estoque de R$ 1,2 trilhão de investimentos contratados para os próximos anos assegura o ritmo de crescimento”.
A secretária especial do PPI, Martha Seillier, reforçou que está totalmente dedicada a ajudar no processo de fortalecimento da economia. “Não terminamos a nossa missão. Temos à frente 12 meses de muito trabalho. O Brasil tem pressa e vamos acelerar ainda mais a agenda de concessões de infraestrutura e privatizações”, pontuou, em referência aos leilões do PPI em 2022.
A carteira de desestatização de empresas públicas para o ano que vem conta com 13 ativos, incluindo a Eletrobras, Correios, Serpro e Dataprev.