Em nota, Fazenda lamenta morte de ex-ministro Delfim Netto: “referencial em diferentes fases da história do país”
O ex-ministro atuou durante a ditadura militar, entre 1967 e 1974, e ocupou outros cargos, como ministro da Agricultura e do Planejamento, no governo de generais até 1985
O Ministério da Fazenda publicou uma nota lamentando a morte do ex-ministro da pasta Antônio Delfim Netto, morto aos 96 anos nesta segunda-feira (12). No texto, a Fazenda diz que o ex-ministro “foi um referencial em diferentes fases da história do país”.
“Por décadas, fomentou debates essenciais sobre a condução da política econômica brasileira. Neste momento de luto, os servidores do ministério da Fazenda manifestam respeito e solidariedade aos familiares e amigos de Delfim Netto”, diz a nota.
O ex-ministro atuou durante a ditadura militar, entre 1967 e 1974, e ocupou outros cargos, como ministro da Agricultura e do Planejamento, no governo de generais até 1985. Após o regime, foi deputado federal por vários mandatos e participou da Assembleia Nacional Constituinte.
Mesmo com o legado na ditadura, Netto também foi conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira passagem pelo Palácio do Planalto (2003-2010). Posteriormente, aconselhou também a presidente Dilma Rousseff, de quem passou a ser crítico ao longo dos anos.
Um dos economistas mais respeitados e ouvidos
O Ministério do Planejamento e Orçamento também manifestou “pesar e solidariedade” à morte de Delfim Netto. Em nota, a pasta destacou que o economista foi “um dos mais respeitados e ouvidos da história do Brasil”.
“Delfim influenciou fortemente a condução da economia e o debate macroeconômico do país nas últimas décadas. Seja como ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, seja como deputado e consultor, o professor emérito da USP teve atuação marcada pela defesa da indústria e das exportações brasileiras, pela valorização do trabalho de planejar o país e pela capacidade de dialogar com pessoas de diferentes correntes de pensamento”, diz o texto.


