Entidades do comércio e serviços assinam manifesto pelo "parcelado sem juros"

Em declarações recentes, presidente do Banco Central afirmou que é necessário desincentivar os parcelamentos longos como maneira de ajudar a reduzir a inadimplência e os juros do cartão de crédito

Da CNN, em São Paulo
Homem faz compras no computador usando cartão de crédito
Modalidade representa metade das compras feitas com cartão de crédito no país  • Unsplash/Rupixen
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Um grupo de 12 entidades que representam empresas do comércio, serviços e também instituições financeiras divulgou um manifesto nesta quarta-feira (23) em que defendem a existência e manutenção do parcelamento sem juros - a modalidade que se popularizou no Brasil  e que não faz distinção entre o preço pago à vista ou em parcelas por um produto.

O Sebrae, de apoio ao empreendedorismo, e a Proteste, associação de defesa do consumidor, são alguns que também assinam o documento.

No início do mês, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse em audiência no Senado Federal que o governo deve pensar em medidas para desestimular o uso irrestrito do "parcelado sem juros".

No diagnóstico de Campos Neto, o grande problema do endividamento do brasileiro é o juro alto do rotativo do cartão de crédito, e o uso disseminado dos longos parcelamentos acaba ampliando o problema.

"Do ponto de vista dos consumidores, o parcelamento sem juros é a oportunidade de adquirir um produto ou serviço em condições que se encaixem melhor em seu orçamento. Para o comércio, o parcelamento é uma linha de crédito para capital de giro mais barata e a chance de fidelizar clientes", diz o manifesto.

"Além do mais, o parcelamento sem juros é fundamental para a economia. No ano passado, a modalidade representou metade das compras com cartão de crédito no país e movimentou mais de R$ 1 trilhão de reais – equivalente a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro."

Além do Sebrae e da Proteste, o manifesto foi assinado também pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), (Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, a União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco) e a Euroconsumers Brasil, também de direito dos consumidores.

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