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    Alta do dólar: é hora de você vender o dinheiro guardado?

    Divisa dos EUA voltou a bater recorde e fechou acima de R$ 6,09 nesta terça (17)

    Marien Ramosda CNN

    O dólar voltou a renovar recorde nesta terça-feira (17) chegando ao patamar dos R$ 6,20, pressionado pela descrença do mercado sobre a efetividade do pacote de corte de gastos nas contas públicas.

    A moeda, porém, perdeu força ao longo do dia, mas ainda encerrou em nova máxima, negociada a R$ 6,09 na venda.

    Em meio a esse cenário de dólar forte, o real pode continuar a perder força e pode ser o momento ideal para vender as notas americanas guardadas em casa.

    Essa é a indicação de especialistas da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), que destacam uma janela de oportunidades, mas com algumas ressalvas.

    “Pode ser que o dólar continue subindo e quem precise vender certamente estará vendendo por um valor superior ao de compra”, pontua José Augusto Varanda, consultor da Abracam.

    “No entanto, a decisão vai variar conforme a intenção de cada um”.

    Por exemplo, se o objetivo é vender US$ 100, a simulação da Abracam aponta para um lucro de aproximadamente R$ 605 — algo em torno de R$ 6,05 por dólar.

    O resultado inclui a taxa de referência Ptax do Banco Central (BC), que nesta sessão fechou ao redor de R$ 6,16 para venda ou compra, e já considera encargos cobrados pelas agências de câmbio.

    Como vender dólares

    Para vender os dólares no Brasil, é necessário procurar uma instituição autorizada a operar com câmbio, como uma corretora ou banco.

    A lista está disponível no site do Banco Central ou no aplicativo “Câmbio Legal”, também do BC.

    Na hora da venda, a pessoa precisará comprovar como obteve a moeda, já que sua origem será questionada na hora da transação.

    Mas, é importante lembrar que as cotações podem variar em relação ao dólar turismo e o comercial, e a principal diferença entre eles é o volume negociado.

    “O dólar turismo é utilizado para operações menores (geralmente até US$ 10 mil), como viagens e compras no exterior, e costuma ter uma cotação mais alta”, explica Márcio Estrela, consultor da Abracam.

    “Já o dólar comercial é utilizado em operações de grande volume, como importações e exportações, o que permite uma cotação mais baixa”.

    Mas, os especialistas apontaram ser necessário ficar de olho em algumas questões, como as taxas de câmbio, procurando a melhor condição entre as corretoras, e as tarifas e custos extras cobrados pelas instituições.

    Não é toda quantia de dólar que pode ser vendida

    Valores quebrados, como US$ 53, podem ser mais difíceis de vender, segundo os especialistas da Abracam, pois normalmente as instituições preferem valores inteiros, especialmente com notas de US$ 100.

    Além disso, em geral, as operadoras de câmbio não aceitam moedas, apenas notas.

    E um fato curioso é que também nem todo dólar vale a mesma coisa, e isso depende da sua aparência.

    Por exemplo, as notas de US$ 100 estampam o rosto de Benjamin Franklin, um dos “pais fundadores” dos EUA. Modelos mais antigos trazem o retrato menor – também chamado de “cara pequena”, enquanto novas versões têm a imagem expandida, ou “cara grande”,

    No mercado, as moedas “caras pequenas” podem ter mais dificuldades em serem aceitas, “porque as notas mais novas possuem mais elementos de segurança, o que facilita a verificação da autenticidade e a prevenção de fraudes”, afirmou Estrela.

    “Já as cédulas antigas podem ser mais difíceis de inspecionar, o que torna sua troca ou aceitação mais complicada”, acrescentou.

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