Eleições 2022

Após eleições, ativos brasileiros podem ter um novo salto, diz ex-diretor do BC

Luiz Fernando Figueiredo avalia novo quadro do Congresso Nacional fará contrapeso a possíveis medidas que seriam consideradas prejudiciais à economia

Vinícius Tadeu, da CNN, em São Paulo
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e sócio da Mauá Capital
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e sócio da Mauá Capital  • Reprodução/CNN
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Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (3), o ex-diretor do Banco Central (BC) e sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, avaliou que, após os resultados das eleições, os ativos brasileiros podem tem um novo salto no mercado.

"Acho que é possível que estejamos diante de um ambiente que vá melhorando ao longo do tempo e, depois do pleito, tenhamos um novo salto dos ativos brasileiros", disse.

A avaliação de Figueiredo se dá após o resultado do primeiro turno, que confirmou a disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os investidores viram com bons olhos o fim do primeiro turno, com um Congresso mais conservador eleito, trazendo alívio para o mercado financeiro brasileiro, para poder fazer contrapeso a possíveis medidas que seriam consideradas prejudiciais à economia.

O ex-diretor do BC afirma avalia que os resultados deste domingo (2) foram "surpreendentes" e mostraram a "força do bolsonarismo" e um novo desenho do Congresso. Segundo ele, caso o ex-presidente Lula vença a disputa no segundo turno, terá de trabalhar mais ao centro.

"Bolsonaro está no páreo mas, mesmo que ele não ganhe, o Lula terá de trabalhar muito mais com o centro. Então ele [Lula] terá que fazer um governo de centro se ele quiser fazer uma agenda e avançar junto com o Congresso. O que é muito bom para o país, o que quer dizer uma responsabilidade fiscal, uma agenda mais de centro para um país que é mais de centro", disse.

(Texto publicado por Pedro Zanatta)

Veja mais no vídeo acima. 

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