Banco do Brasil pode ser mais agressivo em crédito, diz presidente
André Brandão, que assumiu o cargo em setembro, revela sua estratégia para reduzir gap com concorrentes em termos de rentabilidade
O Banco do Brasil (BB) pretende expandir a carteira de financiamentos do banco para linhas de crédito mais arriscadas, como empréstimos pessoais, para aumentar a rentabilidade, disse o presidente André Brandão a jornalistas nesta quinta-feira (5).
“O banco pode ser um pouco mais agressivo para buscar linhas de crédito com retorno mais alto e o nosso balanço patrimonial permite isso”, disse. O BB encerrou o mês de setembro com o capital principal em 13,1%, aumento de 2,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
É a primeira vez que Brandão revela sua estratégia à frente do BB depois de ser nomeado presidente da instituição, em setembro, após uma longa carreira no HSBC. Brandão buscará fechar a lacuna com os rivais do banco em termos de rentabilidade.
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O retorno sobre o patrimônio líquido do banco foi de 12% no terceiro trimestre, mas prevê um aumento no próximo ano. A estratégia do novo presidente incluirá também a oferta de produtos e serviços para não-correntistas e o aumento da venda cruzada para empresas, principalmente do segmento de agronegócio.
O plano de negócios recém-lançado de Brandão ocorre no momento em que o banco ainda está reservando dinheiro para potenciais perdas com empréstimos decorrentes da pandemia do coronavírus. Mas ele acredita que o país está ja saindo da crise da Covid-19.
Na quinta-feira (5), o Banco do Brasil SA reportou uma queda de 23,3% no lucro recorrente do terceiro trimestre, para R$ 3,482 bilhões, uma vez que fez uma nova provisão extraordinária de R$ 2 bilhões para potenciais ativos problemáticos. Para aumentar as receitas de tarifas, Brandão disse que o Banco do Brasil continuará buscando novas joint-ventures, como fez recentemente com o UBS Group na unidade de banco de investimento.
O banco procura atualmente um parceiro para a área de gestão de recursos, acrescentou. No segmento de pagamentos, Brandão disse que considera a processadora de cartões Cielo um negocio estratégico para o banco, mas que precisa de algumas melhorias para fazer frente à crescente concorrência de novos ingressos e novas tecnologias.
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