Cúpula do governo deve voltar a discutir nova regra fiscal na próxima terça-feira (21)

Encontro estava previsto para esta segunda (20), mas debate sobre impasse envolvendo crédito consignado do INSS foi priorizado na agenda de ministros

Julliana Lopes, da CNN, em Brasília
Fazenda trava batalha para aumentar arrecadação e viabilizar regra fiscal
No mesmo dia ocorre a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)  • Edu Andrade/MF
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O encontro da cúpula do governo para debater as novas regras fiscais deve ficar para a próxima terça-feira (21). Havia uma expectativa para que a segunda rodada de análise da proposta de controle das despesas públicas ocorresse já nesta segunda-feira (20).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o texto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o martelo ainda não foi batido.

O governo, no entanto, quer abrir espaço nas primeiras agendas da semana para resolver o impasse sobre outro tema: a suspensão da oferta de crédito consignado do INSS. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, vai tratar do assunto com Haddad e o ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Na última semana, bancos privados e públicos suspenderam os empréstimos para aposentados e pensionistas depois que o Conselho Nacional da Previdência decidiu reduzir a taxa máxima de juros permitida nessa operação. Haddad também deve tratar do tema com a presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros.

Com a mudança de planejamento, o debate sobre a nova regras fiscais entra na pauta do segundo encontro da Junta Orçamentária Econômica, previsto - agora - para ocorrer no fim da tarde da terça-feira.

No mesmo dia ocorre a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O comitê se reúne até quarta-feira, quando divulga decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic, após fechamento do mercado financeiro.

Haddad chegou a dizer que era “possível” que a proposta da nova regra fiscal fosse oficialmente divulgado antes da reunião do colegiado.

A expectativa era para que a apresentação pudesse estimular o Copom a sinalizar a redução de juros nos próximos encontros. O cenário atual indica que a Selic deve ser mantida nos atuais 13,75% ao ano.

O presidente Lula, por sua vez, já disse que quer divulgar oficialmente a nova regra fiscal antes de viajar para a China, na próxima sexta-feira (24).

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