Juros do cheque especial saltam para 128% ao ano em setembro; rotativo vai a 339%
Modalidade mais cara do mercado de crédito, o rotativo é quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento
A taxa de juros do cheque especial avançou para 128,6% ao ano em setembro, ante 125,1% em agosto. O valor também é maior que a taxa de 114% a.a., registrada no mesmo mês do ano passado.
Os números são da Nota Monetária de Crédito, divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Desde 2020, a modalidade não pode ultrapassar o teto de 8% ao mês, equivalente a 151,8% ao ano, imposto pelo Banco Central.
O juro médio para o cartão de crédito rotativo também subiu. A taxa passou de 335,8% a.a em agosto para 339,5% a.a em setembro. Modalidade mais cara do mercado de crédito, o rotativo é quando o cliente não paga o valor integral da fatura até a data de vencimento.
A alta nas modalidades de empréstimos se dá em meio ao avanço contínuo da taxa básica de juros, a Selic, que está em 6,25% a.a.
Esta semana o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para anunciar nova mudança na Selic. Com o aumento do risco fiscal e das estimativas da inflação, o mercado aposta em um alta acima do patamar de 1 ponto percentual observado nas reuniões anteriores.
Alternativa a empréstimos pelo cheque especial ou no cartão de crédito, a taxa do crédito consignado avançou levemente para 19% a.a em setembro, ante 18,8% a.a no mês anterior.
Por ter desconto na folha de pagamento do funcionário ou da aposentadoria, o crédito consignado é a modalidade mais barata do mercado, já que tem menos risco de inadimplência.