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    Ibovespa fecha em alta de 0,55% com varejo, petróleo e Petrobras; dólar sobe

    Principal índice da B3 encerrou o dia aos 116.781,96 pontos, enquanto a moeda norte-americana teve valorização de 0,25%, cotada a R$ 4,688

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business* , em São Paulo

    O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (13) em alta de 0,55%, aos 116.781,96 pontos, após três sessões de queda. Já o dólar teve valorização de 0,25%, cotado a R$ 4,688.

    O mercado passou o dia atento aos dados do varejo e a alta do petróleo, enquanto aguardava definição sobre o novo conselho de administração da Petrobras.  A sessão também foi marcada por vencimento de opções sobre o índice.

    O dólar oscilou entre altas e baixas e acabou fechando com valorização. Victor Lima, analista da Toro Investimentos, em entrevista ao CNN Brasil Business, informou que a moeda operou mediante as mesmas notícias que rondaram o mercado de ações.

    Lucas Xavier, analista técnico da Warren, avalia que, por conta do feriado de Sexta-feira Santa, dia 15), quando não haverá sessão na bolsa, o mercado tende a ter um comportamento mais cauteloso na semana.

    Na véspera (12), o principal índice da B3 fechou em queda de 0,69%, aos 116.146,86 pontos, enquanto a moeda norte-americana caiu 0,32%, cotado a R$ 4,676.

    Petrobras

    Acionistas da Petrobras se reúnem virtualmente nesta tarde para uma assembleia que deve abrir caminho para que José Mauro Coelho assuma o comando da estatal.

    Após uma dramática busca por CEOs que durou semanas, o mercado torce – e espera – que a reunião anual de acionistas nesta quarta-feira seja relativamente calma.

    A questão-chave será a eleição de 11 membros para o conselho da Petrobras. Pelo estatuto da empresa, o presidente-executivo deve ser integrante do conselho, então os acionistas precisam eleger Coelho para o órgão para que ele assuma as rédeas da empresa.

    Entre os candidatos indicados por acionistas que ainda não fazem parte do conselho está José João Abdalla Filho, um bilionário que detém uma fatia considerável da Petrobras e está entre os maiores investidores em bolsa do Brasil.

    Este é um ano eleitoral, e muitos brasileiros desejam que a Petrobras limite os aumentos de preços da gasolina e do diesel, que dispararam recentemente.

    O presidente Jair Bolsonaro anunciou em março que substituiria o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

    Varejo

    No Brasil, repercutia também a notícia de que as vendas no varejo aumentaram pelo segundo mês seguido em fevereiro e bem mais do que o esperado, dando seguimento à recuperação apesar da inflação elevada no país.

    Em fevereiro, as vendas varejistas subiram 1,1% em relação a janeiro e 1,3% sobre o mesmo período do ano anterior, informou nesta quarta-feira o IBGE. A leitura superou com força a expectativa em pesquisa da Reuters, de ganho mensal de apenas 0,1% e queda anual de 1,1%.

    “Em dezembro de 2021 o comércio atingiu um nível mínimo em muito tempo, só perdendo para o começo da pandemia. Agora, dois anos depois da pandemia, chegou a 1,2% acima do patamar pré pandemia”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. “Cresceu, mas o comércio ainda segue num nível baixo”.

    Petróleo

    O petróleo opera em alta na tarde desta quarta-feira, após um relaxamento no lockdown da China.

    A cidade chinesa de Xangai começou a afrouxar seu lockdown em algumas áreas na segunda-feira (11), apesar de registrar um recorde de mais de 25 mil novas infecções por Covid-19, enquanto as autoridades se esforçam para fazer o centro comercial da China voltar às atividades após mais de duas semanas.

    O petróleo WTI fechou em alta de 3,63%, cotado a US$ 104,25, enquanto o tipo Brent teve valorização de 3,96%, cotado a US$ 108,78.

    O analista da Toro Investimentos explicou que a alta ocorreu após a Rússia informar que chegou em um “beco sem saída” com relação à guerra na Ucrânia, podendo “resultar em apertos com relação à oferta da commodity”.

    Vale lembrar que o Ibovespa é composto por 33% de companhias relacionadas à commodity.

    Fed

    De olho no exterior, participantes do mercado mantiveram apostas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, intensificará sua trajetória de política monetária, mesmo após dados de inflação ao consumidor referentes a março não tão fortes quando o temido.

    A expectativa é de que o Fed adote doses maiores de aperto monetário já a partir de maio, quando deve aumentar os juros em 0,5 ponto percentual. No mês passado, o banco central elevou os custos dos empréstimos pela primeira vez desde 2018, em 0,25 ponto.

    Consolidando argumentos a favor de um posicionamento mais agressivo do Fed no combate à alta do custo de vida, os preços ao produtor nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em março em meio ao aumento na demanda por serviços, sugerindo que a inflação pode permanecer elevada por um tempo.

    Nos 12 meses até março, o índice de inflação ao produtor saltou 11,2%, maior alta desde que os dados anuais começaram a ser calculados, em novembro de 2010.

    “Inflação ao produtor nos EUA bem salgada no mês de março. Principalmente quando você retira os efeitos das commodities”, disse Arthur Mota, da equipe de estratégia e macro do BTG Pactual, no Twitter. O núcleo dos preços ao produtor norte-americano, que exclui componentes voláteis, subiu 7,0% nos 12 meses até março.

    Sobe e desce da B3

    Veja os principais destaques desta quarta-feira:

    Maiores altas

    • Ultrapar (UGPA3) +4,03%;
    • Eletrobras (ELET6) +3,81%;
    • Cemig (CMIG4) +3,43%;
    • Minerva (BEEF3) +3,26%;
    • Embraer (EMBR3) +2,51%

    Maiores baixas

    • CVC (CVCB3) -2,81%;
    • Energias (ENBR3) -2,53%;
    • Pão de Açúcar (PCAR3) -2,32%;
    • Marfrig (MRFG3) -2,07%;
    • Rede D’Or (RDOR3) -1,77%

    *Com informações da Reuters

     

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