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    Ibovespa fecha em alta de 0,17% com cautela global; dólar fica estável, a R$ 4,89

    Investidores aguardam dados de inflação dos EUA que serão divulgados na quinta-feira (30)

    Da CNN* , São Paulo

    O Ibovespa fechou com leve alta e o dólar se manteve praticamente estável nesta segunda-feira (27), com o sentimento de cautela nos mercados globais à espera de dados da inflação dos Estados Unidos que serão publicados nesta semana.

    Na cena doméstica, investidores analisaram a formação de maioria pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para permitir que o governo regularize o pagamento dos precatórios — dívidas reconhecidas pela União em razão de sentenças judiciais — até 2026, podendo se valer do uso de créditos extraordinários.

    O principal índice da bolsa brasileira encerrou com pequeno avanço de 0,17%, aos 125.731 pontos. Na última semana, o Ibovespa fechou na quinta alta semanal seguida, subindo 0,59%, apesar da perda de 0,84%, aos 125.517 pontos na sessão de sexta-feira (24).

    Já o câmbio fechou com leve queda de 0,01%, negociado a R$ 4,899 na venda com a volta da liquidez nos mercados após o feriado de Ação de Graças nos EUA.

    Destaques do pregão

    O pregão teve como destaque companhias mais sensíveis à queda da curva de juros. Yduqs (YDUQ3) liderou com ganhos de 10,73%, enquanto Cogna (COGN3) subiu 7,19%.

    Já os papéis com maior relevância no mercado cederam diante do comportamento mistos de commodities.

    Vale (VALE3), ação com principal fatia do mercado doméstico, encerrou com queda de 0,60%. Já Petrobras (PETR4) perdeu 0,57%.

    Destaque também para o setor de energia, com as duas principais empresas do segmento conversando sobre uma possível união.

    Na véspera, a Eneva (ENEV3) – empresa que explora e produz gás natural e energia elétrica – anunciou que apresentou uma proposta não vinculante para combinar negócios com a Vibra Energia (VBBR3) – ex-BR Distribuidora e dona dos postos Petrobras, privatizada em 2021.

    Pela proposta, Eneva e Vibra teriam exatamente 50% cada da nova empresa, que seria uma gigante de R$ 50 bilhões.

    A notícia trouxe forte volatilidade aos papéis das empresas durante a sessão. No fim do dia, porém, as ações da Eneva cederam 2,52%, enquanto as da Vibra perderam 2,43%.

    Inflação no radar

    Na quinta-feira (30) serão divulgados os dados do índice PCE dos EUA, medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), que podem dar direção aos mercados depois de uma semana passada fraca pelo feriado de Ações de Graça.

    A desaceleração da inflação em economias desenvolvidas ampliou as expectativas dos investidores de que os bancos centrais encerraram as altas de juros e podem cortá-los em breve.

    Num geral, a perspectiva de juros mais baixos nos Estados Unidos e na Europa costuma levar a um redirecionamento de recursos para países mais rentáveis, ainda que mais arriscados, como o Brasil.

    Ainda na pauta de variação de preços, nesta terça-feira (28) será publicado a prévia da inflação doméstica em novembro medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).

    Atenções em Brasília

    Os mercados ficaram de olho também no julgamento pelo STF, no plenário virtual, de ações que questionam emendas constitucionais que criaram um teto anual para o pagamento de precatórios de 2022 a 2026, matéria acompanhada com muita atenção pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o ajuste das contas públicas.

    Também nesta semana, o Senado deve colocar em votação os projetos de lei (PL) de tributação de offshores e fundos exclusivos e o de regulamentação das apostas esportivas online, também chamadas de bets.

    Ambas as pautas são caras à equipe econômica para atingir a meta de déficit zero das contas públicas em 2024.

    *Com informações de Reuters

    Veja também: Semana terá IPCA-15 e dados do mercado de trabalho

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