Ibovespa sobe 1,21% com commodities; dólar recua 0,64% e encerra a R$ 5,15

Principal índice da bolsa brasileira fechou aos 112 mil pontos, puxado principalmente pela alta do minério de ferro e do petróleo

João Pedro Malar e Fabrício Julião, do CNN Brasil Business, com Reuters, em São Paulo
Ibovespa
União Europeia acusa o governo russo de bloquear intencionalmente o envio de gás natural  • Cris Faga/NurPhoto via Getty Images
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O Ibovespa encerrou esta segunda-feira (5) com alta de 1,21%, cotado aos 112.203,35 pontos, impulsionado pelo desempenho positivo de ações ligadas a commodities, que refletem a alta nos preços do minério de ferro e do petróleo, com preocupações sobre um descompasso entre oferta e demanda.

Já o dólar fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, após recuo de 0,64%, a R$ 5,153. O resultado reflete um dia com baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos, com o Brasil ainda beneficiado por um fluxo de entrada de capitais apoiado em um quadro doméstico mais positivo e um momento ainda favorável para exportadores de commodities.

A maior preocupação dos investidores ainda ocorre com o fornecimento de gás natural da Rússia para a Europa. A União Europeia acusa o governo russo de bloquear intencionalmente o envio do produto, o que pode gerar uma forte crise econômica na região, com risco de recessão.

A Europa também volta a atenção para o anúncio do sucessor de Boris Johnson como primeiro-ministro do Reino Unido. A escolhida para ocupar o cargo foi a atual ministra de Relações Exteriores, Liz Truss.

Também nesta segunda-feira (5), o Banco Central realizou leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de outubro de 2022.

Na sexta-feira (2), o dólar teve queda de 0,99%, cotado a R$ 5,186, na semana, a moeda acumulou valorização de 2,11%. Já o Ibovespa registrou 0,26%, aos 110.694,15 pontos, com recuo de 1,28%.

Sentimento global

A aversão global a riscos dos investidores, desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, tem variado de intensidade dependendo das expectativas sobre o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.

O processo de elevação da taxa norte-americana continuou em julho com uma nova alta de 0,75 ponto percentual. Entretanto, o Federal Reserve sinalizou que poderia realizar altas menores conforme a economia do país já dá sinais de desaceleração, buscando evitar uma recessão.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Os investidores monitoram ainda a situação da economia da China, que também dá sinais de desaceleração ligados a uma série de lockdowns em cidades relevantes. A expectativa é que o governo chinês intensifique um esforço para estimular a economia, enquanto enfrenta dificuldades para reverter um quadro de baixo consumo pela população, que impacta a demanda do país por commodities.

Mesmo assim, o Ibovespa e o real encontraram espaço para recuperação com uma melhora de humor do mercado, apoiada nas perspectivas positivas para as commodities, um cenário econômico doméstico mais forte e uma redução da percepção de riscos em relação às eleições. O cenário, entretanto, pode mudar dependendo do grau de aversão a riscos no exterior.

Sobe e desce da B3

Veja os principais destaques do pregão desta segunda-feira:

Maiores altas

  • Pão de Açúcar (PCAR3): 9,72%
  • PetroRio (PRIO3): 6,45%;
  • JHSF (JHSF3): 3,97%;
  • SulAmerica (SULA11) 3,77%;
  • Vale (VALE3) 3,66%

Maiores baixas

  • Positivo (POSI3): - 2,68%
  • Marfrig (MRFG3): - 2,41%
  • Banco do Brasil (BBAS3): -2,12%
  • IRB Brasil (IRBR3) -14,63%;
  • Embraer (EMBR3) -2,39%;

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*Com informações da Reuters

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