Procon-SP monitora preços da Black Friday desde outubro
Órgão monitora preços desde outubro e já recebeu mais de 1.700 queixas. Maquiagem de preços é uma das principais reclamações dos consumidores
A Black Friday 2023, realizada nesta sexta-feira (29), já registra um aumento no número de reclamações em comparação ao ano anterior, segundo o Procon-SP.
O órgão de defesa do consumidor vem monitorando os preços desde outubro e recebeu mais de 1.700 queixas apenas no período da manhã.
Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP, alerta sobre os cuidados necessários durante as compras.
“É um ambiente propício de euforia, por isso que o Procon sempre recomenda: tenha calma, tenha cautela, pesquise, e principalmente foque naquele produto que você está monitorando há algum tempo”, orienta.
Entre as queixas mais frequentes, destaca-se a maquiagem de preços, prática em que os estabelecimentos aumentam os valores pouco antes da data promocional para depois aplicar descontos aparentemente atrativos.
Além disso, há reclamações sobre cancelamento de compras, não entrega de produtos e entrega de itens diferentes dos adquiridos.
Orsatti Filho ressalta que o Código de Defesa do Consumidor permanece em pleno vigor durante a Black Friday.
“Não há exceção nesse período do código de defesa do consumidor. Ele é pleno, ele é vigente, principalmente nessas datas festivas”.
Como proceder em caso de problemas
Em caso de irregularidades, o Procon-SP recomenda que o consumidor tente resolver primeiramente com a loja ou fornecedor. Se o problema persistir, é possível registrar uma reclamação no site procon.sp.gov.br.
O fornecedor terá 10 dias para responder à notificação.
Para compras online, vale lembrar do direito de arrependimento, que permite a devolução do produto em até 7 dias após o recebimento, sem necessidade de justificativa.
O Procon-SP também alerta para o risco de fraudes, especialmente em ambientes virtuais, e aconselha realizar compras apenas em sites oficiais e confiáveis.
Com essas orientações, o Procon-SP busca garantir que a Black Friday seja uma oportunidade de bons negócios para os consumidores, evitando que se torne uma “Black Fraude”, como alertou o diretor executivo do órgão.