TransferWise é autorizada a atuar como corretora e deve cortar taxa pela metade

Sem intermediários, fintech reduzirá custos. Transferências entre pessoas físicas e empresas também devem entrar no portfólio

Luísa Melo,
Notas de dólar e real
   • Foto: Ricardo Moraes/Reuters
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A britânica TransferWise anunciou nesta segunda-feira (8) que recebeu autorização do Banco Central para atuar como corretora de câmbio no Brasil, após dois anos de espera.

No país há quatro anos, o serviço de transferência online funcionava sob a autorização de corresponde cambial até então, com transações liquidadas por bancos locais parceiros. Sem esses intermediários, a companhia diz que conseguirá reduzir a taxa média cobrada para enviar dinheiro, que é de 1,5% por transferência, para um valor próximo da média global, de 0,74%.

A fintech europeia é um unicórnio, como são chamadas as empresas que atingem US$ 1 bilhão em valor de mercado antes de abrirem o capital, e diz já ter movimentado mais de R$ 26 bilhões no Brasil.

A TransferWise afirma ainda que, após a integração de sistemas para reportar transações diretamente ao BC, ampliará o leque de produtos oferecidos. Entre as novidades, estará a possibilidade de que pessoas físicas enviem dinheiro para empresas.

O Brasil é hoje um dos cinco mercados mais importantes para a fintech, com crescimento 57% maior do que a média das demais praças, segundo a empresa.

"Há demanda crescente no mercado, que sofria com opções caras e ineficientes para enviar dinheiro para o exterior. Muito se fala sobre a dificuldade de entrar no setor financeiro no Brasil, mas desde o primeiro contato fomos muito bem-recebidos pelo Banco Central e somos gratos pela oportunidade de expandir a nossa operação no país", afirma Diana Ávila, líder da TransferWise na América Latina.

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