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    Inflação está convergindo para a meta, diz Campos Neto

    Presidente do BC afirmou que últimos dados do IPCA foram bons

    Presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento em Brasília
    Presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento em Brasília Jun 7, 2023. REUTERS/Ueslei Marcelino

    Reuters

    São Paulo

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    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (21) que os dados mais recentes de inflação foram bons e que o BC vê “possibilidade grande” de que a inflação fique dentro das metas em 2023 e 2024.

    Falando em um evento da consultoria Arko Advice, Campos Neto destacou que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do setor de serviços mostrou um comportamento positivo nos dados recentes.

    O mais recente boletim Focus do Banco Central, que capta projeções de agentes de mercado, aponta para uma inflação de 4,55% neste ano e de 3,91% em 2024 — as metas são de 3,25% e 3%, respectivamente, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.)

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou neste mês que a alta do IPCA teve leve desaceleração em outubro e ficou abaixo da esperada.

    Ele ponderou, no entanto, que aumentos de ICMS anunciados por estados terão impacto sobre a inflação, podendo elevar o IPCA em 0,1 ou 0,2 p.p.

    Nesta terça, estados do Sul e Sudeste anunciaram que decidiram aumentar a alíquota do ICMS, argumentando que o movimento é necessário para que não sejam prejudicados na distribuição de recursos após a entrada em vigor da reforma tributária sobre o consumo, prestes a ter sua aprovação concluída no Congresso.

    O presidente do BC ressaltou que o crescimento potencial da economia brasileira parece estar um pouco maior, o que é uma boa notícia, mas destacou que a questão fiscal é “grande desafio” do país.

    Enfatizando a importância do arcabouço aprovado este ano para as contas públicas, ele disse que as novas regras fiscais têm ajudado o BC no processo de queda dos juros.

    Na apresentação, Campos Neto voltou a destacar incertezas do ambiente internacional, reafirmando que o aumento nos juros de longo prazo em economias avançadas tende a sugar recursos de emergentes. Por isso, para ele, os países em desenvolvimento precisam “fazer o dever de casa melhor”.

    Ele disse ainda que a desinflação no mundo não virá de uma elevação do desemprego ou uma queda de salários, ao afirmar que o mercado de trabalho está apertado globalmente mesmo com as altas de juros.

    Veja também: SP e mais cinco estados vão aumentar ICMS por “dano colateral” da reforma tributária

     

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