CNN Brasil Money

Carteira de ações: veja os papéis mais recomendados para julho

Conflito no Oriente Médio, fluxo estrangeiro e juros altos moldam estratégias de investimento no Brasil

Matheus Oliveira, colaboração para a CNN*, São Paulo
Painel eletrônico mostra cotações de ações na B3, em São Paulo
Levantamento da CNN consultou cinco casas para a carteira deste mês: Ágora, BTG, Santander, Empiricus e EQI  • 05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel
Compartilhar matéria

As ações do Itaú, da Copel e da Petrobras foram as mais recomendados por bancos e instituições financeiras para a carteira de ações de julho, com três indicações cada.

O levantamento da CNN consultou cinco casas para a carteira deste mês: Ágora, BTG, Santander, Empiricus e EQI.

Já com duas indicações, as ações mais recomendadas foram:

  • Vale
  • Cyrela
  • Sabesp
  • Multiplan
  • Rede D'Or
  • Suzano
  • Cosan
  • BTG Pactual

Em relatório assinado por Larissa Quaresma e Felipe Miranda, a Empiricus afirma que o conflito entre o Irã e Israel reduziu a busca dos investidores por riscos em todo o mundo. Com o cessar-fogo entre os países do Oriente Médio, as aplicações se voltaram a mercados emergentes, como o Brasil.

O banco BTG Pactual segue na mesma direção e apresenta o fluxo de dólar aportado no país. Em relatório assinado por Carlos Sequeira, Leonardo Correa e analistas, o BTG diz que R$ 4,2 bilhões entraram no mercado brasileiro, queda na comparação com maio, quando o fluxo foi de R$ 10,6 bilhões.

“Como resultado, o fluxo de entrada no acumulado do ano está em R$ 25,3 bilhões, o que não é ruim, considerando que, em meados de abril, os fluxos de investidores estrangeiros se tornaram negativos”, escreveram os analistas do BTG.

O banco pontua que, embora o desempenho no Brasil seja forte, não difere muito do registrado em outros mercados da América Latina — Chile e Colômbia subiram 30,9%, enquanto México teve avanço de 28,7%.

Do lado doméstico, BTG e Empiricus consideram o peso da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) em elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 15%.

“Um cenário fiscal e político mais turbulento, com o governo e o Congresso brigando pelo aumento dos impostos sobre transações financeiras, pode explicar a maior percepção de risco e as taxas reais de longo prazo mais elevadas”, escreveu o BTG em relatório.

Acompanhe Economia nas Redes Sociais