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Não há negócios sem vida, diz Marina Silva em evento sobre investimento ESG

Ministra do Meio Ambiente participou do PRI in Pearson 2025, em São Paulo, e reforçou necessidade de direcionar o capital para projetos sustentáveis

Gustavo Zanfer, da CNN Brasil, em São Paulo
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva  • 08/03/2024 - Reuters/Ueslei Marcelino
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A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu o alinhamento entre o capital financeiro global e o desenvolvimento sustentável e disse que não há negócios “sem vida”.

As falas foram feitas durante o PRI in Person 2025, evento realizado nesta terça-feira (4) em São Paulo, com foco em discussões sobre investimentos sustentáveis.

Relembrando desastres ambientais no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia, Marina Silva fez um alerta sobre a urgência da crise ambiental. “Estamos à beira do ponto de não retorno, no limite climático”, afirmou durante painel.

“A mudança do clima é o principal sintoma de um modelo que pensou que os recursos não acabavam. A vida está desprotegida, e sem vida não há negócios. Sem planeta saudável, não há bem-estar humano”, disse.

O Plano de Transformação Ecológica, lançado na COP28 pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – elogiado por Marina pela parceria nos projetos das pastas – também foi pauta. 

O plano pretende estimular investimentos que melhorem o meio ambiente e reduzam desigualdades e trabalha com o mote de seis eixos: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e infraestrutura e adaptação às mudanças climáticas.

Esse projeto pode gerar, segundo Marina, mais de 2 milhões de novos empregos e elevação sustentável do PIB.

“O setor financeiro não pode ser um observador pacífico. O caminho para Belém, na COP30, está pavimentado com ações concretas e oportunidades de investimento”, declarou.

Em entrevista a jornalista, a ministra também detalhou o funcionamento do TFFF (Fundo Tropical das Florestas), iniciativa que pretende recompensar financeiramente países que protegem suas florestas tropicais.

O fundo espera arrecadar US$ 4 de capital privado para cada US$ 1 de capital público.

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