Ligeira queda nas vendas no comércio não é alarmante, diz assessor da Fecomercio

À CNN Rádio, Altamiro Carvalho disse que desaceleração é prevista após o período conturbado de 2020 e 2021

Amanda Garcia, com produção de Bel Campos, da CNN
Inflação é "obstáculo seríssimo", mas desaceleração está dentro da normalidade  • Estadão Conteúdo
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O resultado das vendas do comércio varejista no país, com leve queda de 0,1% em outubro, enquanto o mercado esperava alta de 0,08%, não “pode ser considerado catastrófico”, segundo o assessor econômico da Fecomercio de São Paulo, Altamiro Carvalho.

À CNN Rádio, ele avalia que houve um bom primeiro semestre para o setor. “A redução no ritmo de reação do setor varejista acontece por uma série de fatores, mas este ano o resultado deve fechar esse ano positivo, não é nada alarmante.”

O economista lembra que nunca houve período tão conturbado como o de 2020 e 2021.

“Observamos um completo desequilíbrio das taxas de consumo, com algumas atividades crescendo muito beneficiadas pelo auxílio emergencial, farmácia e supermercados, e outras caindo, como combustíveis e vestuário, houve um desarranjo completo dentro do consumo.”

Altamiro também vê a inflação como “obstáculo seríssimo”, mas pondera: “Ela corrói direta e indiretamente o poder aquisitivo da população, mas o dado mostra desaceleração normal de um momento muito ruim para os produtos, além de tudo tem outros fatores, como alto nível de endividamento das famílias, e retirada do auxílio emergencial.”

O assessor da Fecomercio também mostrou otimismo com 2022: “É possível que o cenário seja melhor no início do ano, dezembro ainda teremos resultados bem positivos em função do 13º, por exemplo, que é o que dá sustentação ao aumento de vendas no mês, tende a crescer cerca de 47% em relação ao ano passado.”

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