100 dias de Trump: 10 números que marcam a volta do republicano
Queda na bolsa, dólar em baixa e ouro em alta são alguns dos indicadores que refletem impacto das políticas de Trump nos primeiros meses


Os primeiros 100 dias do governo de Donald Trump na Casa Branca foram marcados por uma série de eventos e indicadores econômicos significativos. Uma análise dos números revela um cenário de instabilidade e mudanças nos mercados financeiros.


O índice S&P 500 registrou uma queda de quase 8%, representando o pior desempenho da bolsa nos primeiros 100 dias de um governo desde 1974. Paralelamente, o dólar sofreu uma desvalorização de aproximadamente 10%, medido pelo índice DXY.
Em contraste, o ouro experimentou uma valorização expressiva de 21%, refletindo a busca dos investidores por ativos considerados mais seguros em um ambiente de incertezas econômicas e políticas.
Impacto no setor público e empresarial
Uma das medidas mais impactantes foi o anúncio de cerca de 200 mil demissões de servidores federais. Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), foi apontado como responsável por essas demissões. Curiosamente, as ações da Tesla, empresa de Musk, sofreram uma queda de 33% no mesmo período.
A inflação atingiu 2,4% em março, enquanto a aprovação de Trump caiu para 41%, o menor índice para um presidente nos primeiros 100 dias desde 1950.
Trump emitiu 142 decretos e ordens executivas, além de conceder perdão a 1.500 réus, majoritariamente relacionados aos eventos de 6 de janeiro.
Os cenários econômico e político desenhados por esses números sugerem um início de governo turbulento, com desafios significativos tanto na esfera econômica quanto na aprovação popular.
A ausência de acordos comerciais neste período inicial também é um ponto notável, indicando possíveis dificuldades nas relações internacionais e na política comercial dos Estados Unidos.