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    42% dos trabalhadores preferem modelo híbrido de trabalho, diz pesquisa

    Trabalhadores são adeptos às atividades presencial e remota por evitar deslocamento, permitir flexibilidade em casa e interação presencial com os colegas

    Cleber Souzado CNN Brasil Business , em São Paulo

    Evitar deslocamento, ter flexibilidade em casa e interagir presencialmente com os colegas estão entre os motivos que fazem 42% dos trabalhadores preferirem o modelo híbrido de trabalho, ou seja, alguns dias da semana de forma remota e alguns trabalhando na empresa.

    É o que aponta um levantamento realizado pelo site Vagas.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção, que identificou também que manutenção do relacionamento presencial com outras pessoas da empresa aparece na liderança dos argumentos a favor do modelo híbrido, representando 31% das respostas.

    Em seguida, aparecem a flexibilidade para adequar o trabalho a outras atividades domésticas (16,8%) e evitar a locomoção diária até o trabalho (14%). Também foram citadas as justificativas de ganhar tempo para outras atividades pessoais (8,8%), ter maior foco e concentração (7%), poder cuidar de filhos ou outros familiares em alguns dias (5,5%), entre outros.

    O levantamento também procurou saber quantos dias seriam ideais para se trabalhar na empresa, no modelo híbrido. Os respondentes apontaram preferencialmente três dias (41%), seguido por dois dias (33%), quatro dias (14%), um dia (5,6%) e outros (6,4%).

    O trabalho presencial foi a preferência de 32%, e os motivos que mais se destacaram pela escolha dessa opção foram: ter maior foco e concentração (37%), ter relacionamento presencial com outras pessoas da empresa (32,6%), ter um ambiente adequado para trabalhar (móveis e infraestrutura) (16,4%), sair do ambiente doméstico (4,3%), entre outros.

    E o método totalmente remoto foi a escolha de 26%. Para esses, as motivações principais são: trabalhar em empresas de qualquer região no Brasil e exterior (27,5%), evitar a locomoção até o trabalho (14%), cuidar de filhos e outros familiares e ganhar tempo para outras atividades pessoais (11,75%, cada) e ter flexibilidade para adequar o trabalho a outras atividades domésticas (10,4%), entre outras.


     

    Ludmila Seki, especialista em Marketing na Vagas.com, afirma que o levantamento consolida o modelo como o “queridinho dos funcionários”. Para ela, desde que começou a ser implantado devido à pandemia da Covid-19, trabalhadores perceberam  a possibilidade de conciliar atividades profissionais com a pessoal.

    “Essa flexibilidade foi notada rapidamente e despertou uma grande motivação para muita gente, que jamais pensou que poderia ajustar agendas profissionais e pessoais. Mas essas mesmas pessoas também viram que era necessário ir até o trabalho, mesmo que por menos vezes, para interagir com os colegas. Isso veio para ficar e já é um diferencial competitivo das empresas na atração e retenção de talentos”, diz Seki.

    O estudo “Preferências do local de trabalho” foi realizado de 29 de outubro a 7 de novembro, por e-mail, contando com a participação de 11.601 candidatos da base de dados Vagas.com. O objetivo da pesquisa é entender as preferências dos candidatos pelos modelos de trabalho disponíveis e os motivos pelos quais mais gostam desses formatos.

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