Alckmin diz que Brics cresce mais que economia global
Vice-presidente reforçou a defesa ao multilateralismo e destacou os acordos recentes fechados entre Brasil e países europeus

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse neste sábado (5) que os países que compõem o Brics crescem acima da média mundial e que são o motor da economia.
"O Brics cresce acima da média mundial. Os países que compõem o Brics, mais de 40% do PIB do mundo, crescem bem acima da média do mundo. Então, é um motor da economia mundial", afirmou Alckmin no Rio de Janeiro, onde representantes do bloco estão reunidos para a Cúpula do Brics.
O vice-presidente ainda reforçou a defesa do país pelo multilateralismo, destacando a assinatura dos acordos comerciais entre Mercosul e União Europeia no ano passado, além do acordo com o Efta, fechado nesta semana.
"Enorme possibilidade de complementariedade econômica, crescimento no comércio exterior e investimentos recíprocos entre os países do Brics, que hoje representam um motor da economia mundial".
Dados do FMI mostram que, em 2023, os países do Brics representavam mais de 32% do Produto Interno Bruto (PIB) global, enquanto os países do G7 compõem 29,9% do PIB.

Ainda sobre o Brics, Alckmin afirmou que a diversidade de países que compõem o bloco é positiva, pois ajuda a ter "complementariedade econômica", reforçando o papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do Brics, para avançar na inovação, tecnologia, agregação de valor da indústria e no comércio exterior.
Atualmente, o Brics é composto por 11 países e neste sábado, a presidente do NBD, Dilma Rousseff, confirmou a entrada de Uzbequistão e Colômbia na instituição financeira, que se somam à Argélia como novos integrante do banco.
Em coletiva, o vice-presidente ainda mencionou que o Brasil está em um bom momento, com o dólar em queda, bolsa renovando recordes, massa salarial em alta e desemprego em queda.
Alckmin também destacou a responsabilidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em alcançar o déficit primário zero, compromisso do arcabouço fiscal.
"Destacar a responsabilidade do governo do presidente Lula. Nós estamos discutindo ter déficit primário zero, esse é o compromisso do arcabouço fiscal. A meta é, nesse momento, zerarmos o déficit primário e, no futuro, fazermos superávits crescentes para reduzir a dívida sobre o PIB. Uma coisa não exclui a outra", afirmou.