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Argentina vai eliminar restrições a exportações industriais, diz ministro

Caputo afirma que felxibilização deve fomentar indústria do país

João Nakamura, da CNN, em São Paulo
Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, em Buenos Aires
Ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo  • 23/02/2024 - REUTERS/Agustin Marcarian/Pool
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O ministro da Economia da Argentina, Luis "Toto" Caputo, afirmou que o país eliminará "nos próximos dias" impostos que visam restringir as exportações industriais argentinas.

Em publicação feita na rede social X nesta quarta-feira (30), Caputo disse que 4.411 produtos -- ou 88% dos industrializados argentinos -- não terão mais de pagar imposto retido na fonte, que varia hoje de 3% a 4,5% a depender da mercadoria.

O ministro da Economia afirmou que o decreto endereçando esta questão deve ser publicado no Diário Oficial da Argentina nos próximos dias.

"O Governo Nacional eliminará os impostos de exportação de produtos manufaturados, o que aumentará a competitividade da indústria local e impulsionará as exportações. A medida beneficiará inicialmente 3.580 empresas", escreveu Caputo.

Segundo o ministro, em 2024, o valor das exportações desses produtos atingiu US$ 3,804 bilhões, em itens que vão de máquinas agrícolas e peças automotoras a produtos farmacêuticos e cosméticos.

Caputo atribuiu a flexibilização à "reorganização das contas públicas" que vem sendo promovida pelo governo de Javier Milei. Desde que assumiu a presidência da Argentina no final de 2023, o libertário vem promovendo uma política de austeridade para reduzir o déficit argentino e controlar a inflação do país.

"As retenções afetaram a competitividade dessas empresas argentinas no exterior e as desencorajaram de exportar. Com essa medida, a indústria ficará praticamente isenta do pagamento desses impostos, com exceção de alguns setores de insumos básicos bastante difundidos, como siderurgia, alumínio, petroquímica e indústria automobilística", concluiu o ministro da Economia.

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