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Avaliação de Haddad é ruim ou péssima para 34% dos brasileiros; 27% aprovam, diz Datafolha

Avaliação é pior dentre público que acompanha medidas do pacote fiscal

João Nakamura, da CNN, em São Paulo
Os ministros, Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Sec.Comunicação), durante coletiva para explicar o pacote de corte gastos do governo
Os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Sec.Comunicação), durante coletiva para explicar o pacote de corte gastos do governo  • Brasília (DF), 28/11/2024 - Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O trabalho de Fernando Haddad como ministro da Fazenda é visto como ruim ou péssimo por 34% dos brasileiros, enquanto 27% aprovam, segundo levantamento do Datafolha divulgado nesta segunda-feira (16). A pesquisa foi feita entre 12 e 13 de dezembro, 14 dias após a apresentação do pacote fiscal.

O Datafolha aponta que outros 34% apontam a gestão Haddad como regular, já 5% não souberam responder.

A pesquisa contou com 2.002 respondentes, distribuídos entre 113 municípios.

 

 

Pacote fiscal

Entre os respondentes que souberam do teor do pacote anunciado pelo governo, a crítica a Haddad é mais expressiva. 42% deste grupo avalia o trabalho do ministro como ruim ou péssimo, enquanto 27% apontam como regular e 29% como ótimo ou bom.

Além de as medidas terem sido apontadas como insuficientes para estabilizar a dívida pública, a avaliação do mercado foi negativa pois aponta que o governo errou ao anunciar uma proposta de renúncia fiscal - a reforma do Imposto de Renda (IR) - em paralelo ao pacote de contenção.

O grupo, porém, é minoria. Segundo o Datafolha, 41% dos brasileiros ficaram sabendo das medidas, sendo que apenas 16% do todo afirma estar bem informado sobre o assunto.

Dentre os 59% que não ficaram sabendo do pacote fiscal a avaliação de Haddad é mais positiva. Destes, 39% apontam seu trabalho como regular, 28% como ruim ou péssimo e 22% como ótimo ou bom. 7% não souberam responder.

O pacote apresentado contempla medidas como limitar o crescimento do salário mínimo aos mecanismos do arcabouço fiscal e endurecer as regras de programas e pagamentos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

89% dos brasileiros com conhecimento sobre o pacote fiscal se disseram favoráveis à maior fiscalização do BPC.

Além disso, em paralelo, o governo aproveitou o momento para anunciar uma das propostas de campanha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT): a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil por mês.

De acordo com o Datafolha, 45% dos brasileiros avaliam que as contas públicas poderiam ser melhor administradas. Porém, mexer com o salário mínimo é algo delicado para o público: 61% disseram ser contra a limitação do reajuste, ante 36% favoráveis.

Já a isenção do IR, apesar de mal vista pelo mercado, foi bem recebida pelo cidadão: 70% são favoráveis à reforma, enquanto 26% são contra.

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