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    BC dos Estados Unidos cogitou pausa nos juros, mas decidiu pela alta, mostra ata

    Ata do Federal Reserve (FED) aponta que desdobramentos no setor bancário deve resultar em condições de crédito mais apertadas e pesará na atividade

    Da Reuters

    Uma parte das autoridades do Federal Reserve (FED) consideraram, na reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos, no mês passado, interromper os aumento da taxa de juros até que ficasse claro que a falência de dois bancos regionais não causaria maior estresse financeiro.

    O Fed divulgou a ata da reunião de seu comitê de política monetária, o Fomc (na sigla em inglês), nesta quarta-feira (12). O documento mostra um comitê forçado a um debate inesperadamente complexo pelas falências do Silicon Valley Bank e do Signature Bank, mas que acabou por seguir com juros mais altos.

    Essas autoridades, juntamente com outras, concordaram que as ações tomadas pelas autoridades dos EUA e pelo Fed tinham “ajudado a acalmar as condições no setor bancário e a diminuir os riscos de curto prazo para a atividade econômica e a inflação”, apontou a ata.

    Os participantes concordaram que desdobramentos no setor bancário provavelmente devem resultar em condições de crédito mais apertadas e pesar na atividade econômica, na contratação e na inflação.

    Além disso, defenderam um aumento de 0,25 ponto percentual da taxa, apesar da nova incerteza em torno do setor financeiro.

    “Alguns participantes destacaram… que teriam considerado um aumento de 0,50 ponto percentual (nos juros)… na ausência dos desdobramentos recentes no setor bancário”, disse a ata. “Os participantes concordaram que os desdobramentos bancários recentes afetariam as decisões de política monetária do Comitê na medida em que esses desdobramentos afetassem as perspectivas de emprego e inflação e os riscos que cercam as perspectivas.”

    Em 22 de março, o Federal Reserve decidiu elevar a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, que passam para a faixa de 4,75% a 5%.

    As autoridades na reunião de março enfraqueceram seu compromisso com novos incrementos nos custos de empréstimos ao descartar da declaração de política monetária o trecho que ressaltava a necessidade de “aumentos contínuos” em favor de dizer apenas que provavelmente seria necessário “mais algum aperto (monetário)”.

    “Os participantes destacaram que a inflação permaneceu muito alta e que o mercado de trabalho permaneceu muito apertado; como resultado, eles anteciparam que algum endurecimento adicional da política monetária pode ser apropriado”, apontou a ata.

    Foco na inflação

    O setor bancário se estabilizou desde o mês passado, embora as autoridades do Fed estejam atentas a sinais de aperto nas condições de crédito, o que pode resultar na interrupção de sua campanha de elevações de juros antes do previsto.

    A ata deixou clara essa preocupação, com contatos do mercado informando ao Fed que as tensões do setor financeiro “provavelmente resultariam em uma retração nos empréstimos bancários, o que não se refletiria nos índices de condições financeiras mais comuns”.

    A inflação, enquanto isso, permaneceu bem acima da meta de longo prazo de 2% do Fed, disseram as autoridades, que concordaram que dados recentes sobre a inflação forneceram poucos sinais de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo em um ritmo suficiente para retornar a inflação para a meta do banco central.

    “Os participantes destacaram que a inflação permaneceu muito alta e que o mercado de trabalho permaneceu muito apertado; como resultado, eles anteciparam que algum endurecimento adicional da política monetária pode ser apropriado”, apontou a ata.

    “Alguns participantes destacaram… que teriam considerado um aumento de 0,50 ponto percentual (nos juros)… na ausência dos desdobramentos recentes no setor bancário”, disse a ata.

    As autoridades na reunião de março enfraqueceram seu compromisso com novos incrementos nos custos de empréstimos ao descartar da declaração de política monetária o trecho que ressaltava a necessidade de “aumentos contínuos” em favor de dizer apenas que provavelmente seria necessário “mais algum aperto (monetário)”.

    Elas também concordaram que os desdobramentos bancários recentes afetariam as decisões de política monetária do Comitê na medida em que “esses desdobramentos afetassem as perspectivas de emprego e inflação e os riscos que cercam as perspectivas.”

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