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Cade mantém exigência para Apple alterar regras de cobrança em apps

Decisão atende a denúncia feita por Mercado Livre e Mercado Pago, que afirmam que a gigante da tecnologia impõe aos desenvolvedores uma série de restrições sobre compras

Luiz Araújo e Renan Monteiro, do Estadão Conteúdo
Pessoas passam por uma loja da Apple no centro comercial Westfield UTC em 31 de janeiro de 2025 em San Diego, Califórnia
Pessoas passam por uma loja da Apple no centro comercial Westfield UTC em 31 de janeiro de 2025 em San Diego, Califórnia  • Kevin Carter/Getty Images North America/Getty Images via CNN Newsource
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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manteve a medida que obriga a Apple a mudar práticas consideradas anticompetitivas em seu sistema de aplicativos.

A decisão atende a denúncia feita por Mercado Livre e Mercado Pago, que afirmam que a gigante da tecnologia impõe aos desenvolvedores uma série de restrições sobre compras dentro dos apps, com o objetivo de evitar ou limitar a entrada de competidores nesses mercados.

A medida, que continua válida por 90 dias, determina que a Apple pare de aplicar essas exigências, sob pena de multa diária de R$ 250 mil.

A principal crítica é à taxa de 30% cobrada pela Apple sobre transações feitas nos aplicativos, o que, segundo o Cade, pode caracterizar venda casada e abuso de posição dominante.

O voto do conselheiro Victor Oliveira apontou que a prática prejudica os desenvolvedores ao impor custos altos e reduz a oferta de inovação e variedade para os usuários. Para ele, há indícios claros de infração à ordem econômica. A decisão foi unânime no tribunal do órgão.

A denúncia contra a Apple é semelhante a outras já analisadas por autoridades antitruste em países como União Europeia, Reino Unido, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Índia, afirma o Cade.

Em alguns desses locais, a empresa já enfrenta investigações ou decisões com o mesmo foco.

A Apple foi procurada pela reportagem para comentar a decisão do Cade.

O Broadcast está aberto a manifestações.

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