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Casa Branca volta atrás de tarifa de 10% a celulose brasileira

Leitura do setor é que a medida estava pressionando produtores norte-americanos que dependem da importação brasileira

Sofia Kercher, colaboração para a CNN*, em São Paulo
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O governo dos Estados Unidos anunciou, na última segunda-feira (8), a retirada da tarifa de 10% que incidia sobre a celulose importada do Brasil. O imposto entrou em vigor em abril deste ano.

A leitura do setor é que a medida estava pressionando produtores norte-americanos que dependem da importação brasileira.

Com isso, mais de 90% da pauta exportada do setor aos EUA em 2024 volta à estaca zero, comemora Paulo Hartung, presidente da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), em entrevista à CNN.

No balaio, está a celulose de fibra curta — ligada a cadeia de produção de lenço umedecido, papel higiênico, papel toalha e fralda, por exemplo.

Ainda assim, existem produtos que seguem sobretaxados. O novo decreto de Trump não altera as tarifas de 50% e 40% que incidem sobre papéis em geral e a painéis de madeira (MDF e MDP), respectivamente.

"É uma boa notícia, mas precisamos continuar trabalhando. Não apenas no nosso setor, mas no todo", diz Hartung.

Empresas afetadas

As principais afetadas pela taxação eram Suzano e Eldorado, as duas maiores exportadoras de celulose brasileira aos Estados Unidos.

Segundo informações da Broadcast, as exportações da Suzano representam cerca de 50% de todo o consumo de celulose de fibra curta dos Estados Unidos. Procurada pela CNN, a gigante de celulose afirmou que não irá se pronunciar sobre o assunto.

Até o momento de publicação da reportagem, a Eldorado também não havia se manifestado.

*Com informações de Gabriel Monteiro, da CNN, em São Paulo

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