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    China dá lição para o mundo contra tarifas de Trump, diz ex-OMC ao WW

    Ao mirar grandes empresas norte-americanas, China assina "atestado de óbito" dos negócios dos EUA, segundo Roberto Azevêdo

    João Nakamurada CNN , em São Paulo

    Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), avaliou que tanto governos quanto o setor privado foram pegos de surpresa pela dureza da política comercial de Donald Trump em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos.

    Ao responderem às tarifas norte-americanas, economias como a União Europeia (UE), México e Canadá saíram-se “razoavelmente bem” do seu ponto de vista. Mas quem tem sido “cirúrgica” na reação aos EUA, segundo Azevêdo, é a China.

    “Quem eu realmente acho que está dando uma lição para o mundo é a China. […] Estão tomando as ações certas para minimizar o impacto na China e maximizar o impacto americano e no seu sistema político”, apontou o ex-OMC ao WW.

    O governo chinês tem buscado mirar diretamente em grandes empresas dos EUA com suas restrições, o que Azevêdo chamou de “atestado de óbito” para o desempenho dessas companhias e, consequentemente, para a economia norte-americana.

    Com experiência de décadas em negócios e relações comerciais internacionais, Azevêdo avaliou que a negociação mais difícil é aquela na qual não há “química” entre as partes. “A racionalidade desaparece”, enfatizou.

    Desse modo, considerando as divergências entre a gestão Trump e a de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além da dinâmica estabelecida pelo republicano em sua diplomacia, “em que as decisões são quase pessoais”, o especialista afirmou que “é muito difícil [estar preparado]” para essas negociações.

    Sua conclusão é de que “[o setor privado] como o mundo inteiro não se preparou, subestimou [Trump]”.

    “Muitos achavam que seria bom, e eu falava ‘gente, não tem essa troca’. Ele dobra a aposta. O setor privado não estava até muito recentemente entendendo a dinâmica dessa relação, achando que era uma negociação tradicional”, relatou.

    Assim, reiterou que “a China é quem hoje está melhor entendendo o que está acontecendo e reagindo da melhor maneira possível”.

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