CNI divulga manifesto com críticas à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes
Documento conta com a assinatura de 25 federações industriais e 38 associações



A Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou nesta quinta-feira um manifesto criticando decisão do ministro do Supremo Tribuna Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento conta com a assinatura de 25 federações industriais e 38 associações.
O motivo da reclamação é uma liminar de Moraes concedida na segunda-feira, que suspendeu parcialmente, pela segunda vez, a redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promovida pelo governo Jair Bolsonaro.
O documento foi divulgado no mesmo dia em que será lido na Faculdade de Direito do Largo São Francisco dois manifestos a favor da democracia. Um deles foi organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não contou com a assinatura da CNI e de outros setores.
A suspensão do IPI é uma queda de braço entre Moraes e a indústria que se arrasta desde maio, quando os primeiros decretos sobre o assunto foram suspensos. O ministro atendeu um pedido do partido Solidariedade, que argumenta que o decreto prejudica a competitividade da Zona Franca de Manaus, cujos produtos têm isenção de IPI.
“Um caminho para resolvemos esta situação é o ministro Alexandre chamar para uma mesa de conciliação, onde poderíamos fechar uma lista, com o STF e a Zona Franca de Manaus, dos produtos que têm participação relevante em Manaus em relação ao total da produção brasileira”, disse à CNN José Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast), um dos setores afetados.
Procurada, a CNI preferiu não comentar. O ministro Alexandre de Moraes informou por meio da assessoria de imprensa do STF que não se pronunciaria.
