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COP30 é oportunidade de agir e unir setores público e privado, diz CEO

Em entrevista à CNN, Ben Backwell, CEO do Global Wind Energy Council (GWEC), destacou que COP30 pode ser chance única para colocar setores em consonância

Gabriel Garcia, da CNN, em Brasília
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Um dos principais obstáculos à expansão das energias renováveis no mundo é a falta de coordenação entre governos e empresariado.

Em entrevista à CNN, Ben Backwell, CEO do Global Wind Energy Council (GWEC), destacou que a COP30, que será realizada em Belém, em novembro, pode ser uma oportunidade única para colocar os setores público e privado em consonância.

A falta de integração entre planejamento, regulação e execução atrasa entregas e aumenta os custos da transição energética.

 

Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) revelam que mais de 3 mil gigawatts (GW) em projetos de renováveis estão travados no mundo, aguardando conexão às redes de transmissão — o equivalente à capacidade instalada nos últimos 15 anos.

“Para acelerar a entrega desses renováveis, governo e setor privado precisam trabalhar juntos. O grande objetivo dessa COP é mostrar que, trabalhando juntos, os setores podem acelerar a velocidade da transição”, diz.

Com o objetivo de fortalecer a parceria entre governo e setor privado, a Global Renewables Alliance lançou, na última quinta-feira (5), em Brasília, a Coalizão COP30.

O grupo pretende destacar o papel do Brasil como liderança climática e impulsionar investimentos internacionais em energias renováveis.

O executivo também elogiou a postura do presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, de focar a conferência na implementação das metas climáticas já acordadas, com ênfase em soluções práticas e articulação entre os setores.

"A presidência da COP do Brasil tem sido muito clara ao dizer que esta conferência não deve ser sobre novas regras, e sim sobre como vamos alcançar os objetivos já estabelecidos”, afirmou Backwell.

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