Cresce oferta de conteúdos sobre investimentos, gestão, finanças e tecnologia
Fintechs e edtechs se unem com o objetivo de formar estudantes preparados para a realidade do mercado; universidades buscam alternativas com estrutura e novos conteúdos


- 1 de 10
Engenheiro da Computação
Hoje um engenheiro da computação tem a remuneração inicial de R$ 2.568,89. No dia a dia o profissional é responsável por integrar recursos físicos e tecnológicos que atendam à eletrônica digital, manutenção de sistemas computacionais e habilidades de programação • Unsplash
- 2 de 10
Administrador de Redes
Um administrador de redes de nível júnior recebe a remuneração de R$ 2.768,95. Nesse cargo o profissional atua essencialmente com dados e com parte do gerenciamento de redes e servidores, além de trabalhar na estrutura desses ambientes digitais e físicos • Unsplash
- 3 de 10
Analista de Tecnologia da Informação
O Analista de Tecnologia da Informação recebe o valor inicial de R$ 2.905,15. Esse profissional trabalha na arquitetura de ambientes digitais, seleciona ferramentas que desenvolverão os sistemas e define os seus requisitos e funções • Unsplash
-
- 4 de 10
Desenvolvedor.NET
O desenvolvedor ou o programador.net tem a renda média inicial de R$ 3.022,94. Seu trabalho é codificar e testar sistemas, além de fazer correções em softwares com essa tecnologia. Esse profissional domina pelo menos um tipo de linguagem de programação, que pode ser VB.NET, ASP.NET e outras correlatas • Reuters
- 5 de 10
Analista de Business Intelligence
Um analista de business intelligence que está iniciando hoje em uma empresa pequena e em um nível júnior, encontrará o valor médio de remuneração em R$ 3.332,61. Esse profissional é responsável por ‘traduzir os dados’ e transformar em conteúdo, que seja facilmente compreensível e que é usado por empresas em áreas de inteligência de mercado e em outras ações e movimentações desse mercado • John Schnobrich/Unsplash
- 6 de 10
Gerente de banco de dados
Um gerente de banco de dados recebe a remuneração inicial de R$ 4.364,87. Esse profissional está envolvido em todos os processos de monitoramento de dados de uma empresa e de seus clientes, além de criar rotinas e as próprias bases de dados • Unsplash
-
- 7 de 10
Supervisor de tecnologia da informação
O supervisor de tecnologia da informação tem a renda inicial em R$ 3.937,75. Seu trabalho consiste na criação e na implementação de projetos. O acompanhamento do sistema, o suporte às redes e as integrações da área também estão sob a responsabilidade desse profissional, que supervisiona todas as atividades (ou boa parte delas) desse setor da empresa • Maskot / Gety Images
- 8 de 10
Consultor de Ti
O salário mais baixo de um consultor de TI é de R$ 4.524,18. Esse profissional atua nos processos e decisões de tecnologia de uma empresa, cria diagnósticos para problemas do seu setor e de outros que possam ser resolvidos com a implementação de novas tecnologias ou projetos • Danial Ricaros/Unsplash
- 9 de 10
Consultor de Software
A remuneração mínima de um consultor de software é de R$ 5.411,67. Esse profissional cria o mapeamento de sistemas, suas funcionalidades, adaptações e atende necessidades dos usuários. É preciso ter conhecimentos de engenharia e desenvolvimentos de software • UnSplash
-
- 10 de 10
Diretor de Tecnologia da Informação
O valor mais baixo recebido por um diretor de tecnologia da informação é de R$ 9.410. Neste cargo, o profissional tem a equipe de tecnologia sob sua responsabilidade e está no seu escopo de trabalho criar e priorizar cronogramas de todas as áreas baseado em questões técnicas e científicas. A posição também requer habilidades de gerenciamento e liderança de pessoas • Kevin Ku (@ikukevk)/Unsplash
O debate sobre os conteúdos que são aplicados em escolas e universidades para estudantes de diversas faixas etárias está ganhando cada vez mais relevância. Enquanto as universidades buscam alternativas para ir além das grades curriculares fixas, as edtechs ganham espaço com a oferta de conteúdos voltados para o mercado de trabalho.
Finanças, tendências, robótica, cibernética, investimentos e gestão são apenas algumas das apostas dessas empresas. Porém, as dúvidas que envolvem a qualidade da formação profissional no Brasil persistem.
“O grande problema do jovem, recém-saído da faculdade, é que ele só conhece o mundo teórico segmentado em disciplinas. Falta uma visão do todo e de fato entender como as empresas, o mercado e o mundo funcionam na prática. Quem tem esse conhecimento, consegue se inserir no mercado e crescer dentro de uma empresa muito mais rápido”, afirma Richard Vasconcelos, mestre em Tecnologias Educacionais pela University of Oxford e sócio-fundador da LEO Learning Brasil.
Pensando em ocupar esse espaço, supostamente deixado por algumas instituições de ensino superior, a Zoe Universidad, fintech e edtech, vai chegar “fisicamente” ao Brasil no próximo ano.
Nascida na Argentina, a empresa, que já estava ativa pela internet, quer disputar um espaço nos cursos presenciais com conteúdos de gestão, coaching, robótica e cibernética.
“Vamos entrar no Brasil com o que falta no mercado mundial. Estamos formando pessoas para terem opinião. A nossa dinâmica é de que a liberdade é o seu conhecimento. Na pandemia, crescemos mais de 9.000%”, afirma Leandro Corazza Jr., presidente e head de operações.
Segundo Richard Vasconcelos, esse crescimento das edtechs acontece por um motivo simples.
“Elas oferecem um conhecimento mais aplicável, imediato e curto. Isso atrai muito mais o jovem que pode aprender com pessoas que trazem conteúdos e formatos mais inovadores. E isso traz pressão para as universidades reverem os seus currículos e aulas para saírem dos conteúdos dos anos 1990.”
Do lado das universidades, Priscila Simões, diretora de Soluções Corporativas do Ibmec, instituição com foco na área de negócios, afirma.
“Nosso objetivo é formar profissionais que vão trabalhar nas áreas de gestão e finanças, então o conhecimento sobre o tema é muito mais aprofundado do que aquele necessário para as demais pessoas. Após a graduação ou um MBA, por exemplo, o profissional deve ser capaz de aplicar metodologias e técnicas para a gestão dos diversos contextos de negócios; dominando seus efeitos práticos para solução de problemas gerenciais.”
Os eventuais espaços deixados pela formação universitária deixam um alerta para quem quer contratar profissionais de alta qualidade.
Juliano Costa, professor e vice-presidente de produtos educacionais Pearson LATAM, entende que “pensar em conteúdos relacionados à transformação digital, em todos os departamentos e segmentos, é fundamental para o futuro do trabalho em qualquer área.”
“Nesse contexto, as universidades continuam sendo as grandes responsáveis pela massa crítica de conhecimento, mas as Edtechs estão buscando preencher esse espaço de atualização de conhecimento, novas habilidades ou atualização de habilidades para as inovações do mercado de trabalho”, diz Costa.
Por outro lado, Daniel Castanho, presidente do Conselho do Grupo Anima, que é dono de instituições como as universidades Anhembi Morumbi e São Judas, não se pode dizer que universidades estão ultrapassadas e as edtechs são empresas necessariamente mais inovadoras do ponto de vista educacional.
Para ele, o que importa é a proposta de valor que é entregue ao aprendiz, pois apenas “vender conteúdo” não é mais bem-visto por ninguém.
“Se a proposta for entregar conteúdo ao aluno, receber uma prova e emitir um certificado, há algo errado. Essa dinâmica é obsoleta. E também há edtechs que fazem isso. Agora, se a proposta está focada no estudante, para que ele aprenda novas competências e maximize as existentes, tanto individuais como coletivas, por meio de experiências, curadoria, mentoria de qualidade, infraestrutura e avaliação contínua, aí estamos falando de futuro na educação.”
Daniel Castanho ainda afirma que as universidades estão organizando parcerias com grandes empresas para fazer estudos de caso e projetos reais com o objetivo de preparar os estudantes para ingressar no mercado de trabalho com qualidade e conhecimento prático.
No meio do debate sobre a formação superior, há um espaço para o que se chama de formação contínua, desde muito cedo. Por essa razão, conteúdos de finanças, gestão, tecnologia e inovação não estão restritos aos estudantes universitários.
“A preparação para o mundo moderno precisa vir desde o ensino básico. Conteúdos voltados para a realidade do mundo, em especial do mercado de trabalho, devem fazer parte do cotidiano do aluno desde os primeiros anos da vida escolar”, afirma Rita Carolino, educadora, mestre em Tecnologia e coordenadora de Educação a Distância.