Desancoragem adicional de expectativas de inflação coloca BC em situação complexa, diz Galípolo

Galípolo reconheceu que divisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de maio adicionou ruído na economia

Gabriel Vasconcelos e Cícero Cotrim, do Estadão Conteúdo
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza sabatina de indicados para a diretoria do Banco Central do Brasil (BC).À mesa, em pronunciamento, indicado para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, economista Gabriel Galípolo (MSF 27/2023).  • Foto: Pedro França/Agência Senado
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu que a divisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de maio, embora técnica, adicionou ruído na economia.

E disse que, agora, a desancoragem adicional da inflação coloca a diretoria do banco em situação "complexa".

"A piora na inflação implícita traz preocupação adicional na política monetária e, o câmbio, também", disse Galípolo, em evento organizado por alunos da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

Sobre o consenso recente acerca da manutenção da taxa de juros na reunião de junho, ele disse ver "muito valor" nessa concordância em qualquer ambiente ou ciclo.

"É mais difícil nove no Copom errarem do que um sozinho. Divergências no Copom costumam estar dentro do intervalo de confiança do modelo", afirmou o diretor do BC.

Galípolo disse, também, que o Brasil tem sofrido mais do que seus pares emergentes por "n" razões. "O mercado do Brasil é mais líquido. Isso faz com que nossos ativos sofram.

Existem ruídos e idiossincrasias domésticas que contribuem para uma performance pior", comentou.

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