Divergência faz Petrobras adiar decisão sobre acordo milionário com Sete Brasil, dizem fontes
Segundo fontes, estatal aceita pagar credores em troca de se livrar de qualquer responsabilização jurídica e financeira futura
Fontes do governo informaram à CNN que uma divergência dentro do Conselho de Administração da Petrobras provocou o adiamento da decisão sobre um acordo com a Vara que cuida da recuperação judicial da empresa de sondas Sete Brasil.
Pelo acordo, segundo fontes da estatal, a Petrobras aceita pagar esse valor aos credores em troca de se livrar de qualquer responsabilização jurídica e financeira futura.
Fontes do governo dizem que o valor beira os US$ 190 milhões que, convertidos para reais, daria cerca de R$ 910 milhões.
A reunião começou à tarde. O conselho, conforme a CNN mostrou na manhã desta quinta-feira (3), dividiu-se e houve a definição pelo adiamento.
O governo defende o pagamento do acordo, mesmo entendimento da cúpula da estatal. Mas parte dos conselheiros é contrária.
Como para fechar o acordo é necessário que haja maioria qualificada dos votos dos onze conselheiros, houve a opção pelos defensores do acordo que ele fosse adiado, o que acabou acontecendo.
A empresa foi criada pela estatal em 2010 dentro de uma proposta de estruturar um polo naval brasileiro destinado à exploração de petróleo do pré-sal.
A Sete seria responsável pela construção de navios-sonda.
O projeto, porém, naufragou em meio a denúncias de corrupção investigadas pela Lava Jato.
Nenhuma das 28 sondas idealizadas foram entregues e a dívida foi gerada foi bilionária.